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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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METADE DO MUNDO

Processos das espécies endêmicas de Galápagos ajudaram Charles Darwin a elaborar a teoria da evolução

Isolamento de ilhas revolucionou ciência

DO ENVIADO ESPECIAL AO EQUADOR

Isolado do continente por mil quilômetros de oceano Pacífico, o arquipélago de Galápagos permitiu a ocorrência de processos evolutivos que geraram espécies endêmicas, isto é, adaptações que só ocorreram com os exemplares habitantes daquela região.
O fenômeno serviu de objeto de estudo do naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), que chegou ao arquipélago na expedição Beagle, realizada entre os anos de 1831 e 1836, e ali tirou conclusões essenciais para elaborar a sua teoria da evolução.
O comandante da expedição, Robert Fritz Roy, que ficaria três anos buscando informações cartográficas da ainda pouco conhecida América do Sul, queria alguém da sua classe social para viajar no barco.
Darwin, então com 22 anos, um filósofo brincalhão e tranquilo, acabou agradando ao comandante, apesar de, à primeira vista, Fritz Roy ter achado o jovem com cara de idiota.
O cientista, que era extremamente detalhista nas anotações, visitou as ilhas San Cristóbal, Floriano, Isabela e Santiago.
Estudou o tentilhão e constatou que, embora fossem pássaros da mesma espécie, aqueles de bicos pequenos se alimentavam de sementes menores, e os de bicos grandes comiam sementes maiores. Isso confirmava a tese de que as mudanças ocorrem conforme a necessidade de sobrevivência.
Darwin publicou o livro "Viagem de Beagle" em 1837. Já a teoria da evolução só seria publicada 20 anos mais tarde, na obra "A Origem das Espécies".
(ANTÔNIO GAUDÉRIO)


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