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BRASIL CENTRAL
Depois de décadas, barracas vão se mudar para a Estação Central; refeição pode sair por menos de R$ 10
Feira alimenta notívagos com yakissoba
EM CAMPO GRANDE (MS)
Na noite da sexta-feira, a rua
Abrão Júlio Rahe, entre as ruas José Antônio Pereira e Padre João
Crippa, começa a ser tomada de
barracas que só sairão de lá na
manhã do domingo.
A Feira Central de Campo
Grande funciona 24 horas por dia
e não é só da venda de legumes e
verduras que ela sobrevive.
A maior atração são as barracas
de sobá, macarrão oriental servido com um punhado de carne e
outro de cebolinha sobre a massa
(R$ 5 a cumbuca pequena, R$ 6 a
média e R$ 7 a grande). Nessas
mesmas barracas é possível pedir
yakissoba (R$ 8 o pequeno e R$ 10
o grande) ou espetinhos de carne.
O espetinho merece atenção.
Trata-se de um espeto com pedaços grandes de carne (filé, R$ 7, ou
contrafilé, R$ 6), que são servidos
aos poucos para que a carne não
esfrie. O espeto volta para a grelha
enquanto o cliente come os pedaços que foram servidos. O acompanhamento: mandioca cozida,
cuja porção pode ser reabastecida
quantas vezes o cliente quiser.
Ali, nas mesinhas ou bancos de
cada barraca, misturam-se todos
os tipos de gente. Dos que chegam
a pé aos que acabaram de estacionar suas megacaminhonetes.
Além das comidas que podem
ser saboreadas in loco, há outras
iguarias espalhadas pela feira, como a barraca de queijos da marca
Prove Pantanal. Feito perto de
Campo Grande, o queijo fresco e
o requeijão (que em nada lembra
o cremoso de queijo que compramos em copos, pois trata-se de
uma pasta mais rígida e de sabor
mais forte) da marca são totalmente artesanais. A produção é
vendida toda na feira, e os produtores não têm telefone nem site.
"Mas estamos sempre aqui", diz,
atarantada, a atendente.
Barracas de doces que vendem
compotas e bolos melados de cobertura ficam rodeadas de clientes que parecem abelhas, zunzunindo em volta dos tabuleiros.
Na parte não-comestível da feira, há barracas de artesanato e de
bugigangas. Entre uma de carrinhos de brinquedo e outra de
CDs, é possível comprar belos tapetes, artesanato vindo do pantanal e, claro, miniaturas de tuiuiús,
jacarés e onças.
As tendas estão instaladas ao redor de um terreno baldio há cerca
de 30 anos, que, no entanto, foi
comprado. Por isso, as barracas
da feira serão transferidas para a
Estação Central, construída em
meados da década de 10. A restauração e adaptação do local para
receber os feirantes deve ser concluída em outubro. Estima-se que
o novo local terá capacidade para
349 barracas.
A mudança deve incrementar o
interesse turístico pela feira, já
que ela ficará em um lugar coberto numa região histórica, que
conserva também a vila dos ferroviários.
(HELOISA LUPINACCI)
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