São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011

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Navio menor atraca em portos recônditos

Excursões vendidas a bordo possuem maior tempo de duração e valorizam lugares históricos e atrações culturais

Perfil do passageiro de embarcação de 'classe executiva' é mais velho, com idade geralmente superior aos 40 anos


DO ENVIADO À ITÁLIA

As coisas podem ser ditas da seguinte forma: o dólar barato levou a classe média brasileira ao mercado dos cruzeiros marítimos, popularizando viagens de "classe turística". A Royal Caribean, uma das responsáveis pelo processo e líder mundial, com 34 navios, diferencia seu padrão com o Azamara Journey, que chega em outubro ao Brasil como um barco de "classe executiva".
É um navio menor que seus concorrentes -atraca em portos menores-, com cabines para 694 passageiros. Os dois maiores em circulação, também da Royal Caribean e que navegam apenas no Caribe, levam 5.400. Da empresa, no litoral brasileiro, o Splendour of the Seas e o Vision of the Seas acomodam, respectivamente, 1.800 e 2.000.
Um indício de maior conforto nesse barco pequeno está na proporção de tripulantes por passageiro. Nos dois barcos maiores, para cada tripulante há 2,5 passageiros. No Azamara, o número cai para 1,73. Há proporcionalmente mais funcionários na hotelaria ou na gastronomia.
Nesse último tópico, por exemplo, há 40 chefs e um batalhão de auxiliares nos quatro restaurantes a bordo. Bons vinhos -franceses, italianos, chilenos ou australianos- são servidos gratuitamente nas refeições. São 14 diferentes cardápios diários, cada um com 60 pratos.
Os cruzeiros são previsivelmente mais caros. Uma diária num barco de "classe turística" está em torno de R$ 270. No de "classe executiva", R$ 410. E os cruzeiros têm também uma duração maior, de oito a 14 dias.
Um exemplo de cruzeiro mais longo: são 14 dias, em outubro, entre Porto Rico a Manaus. Duração semelhante, em dezembro, de viagem que junta o Caribe com o Nordeste brasileiro e ponto final no Rio. A seguir, em nove dias e sete escalas, do Rio a Buenos Aires.

MAIS TEMPO
Outro diferencial está no número maior de horas em cada escala, algumas delas com pernoite ancorado, porque o perfil do passageiro não é propriamente o de quem desembarca para fazer compras. Excursões vendidas a bordo valorizam locais históricos e atrações culturais. Muita gente também quer jantar em terra ao procurar a culinária local.
O passageiro do navio de "classe executiva" é mais velho. Já passou dos 40 anos. O Azamara não possui berçário, brinquedoteca ou monitores para crianças.
Por fim, certa informalidade. Não há mesa fixa para as refeições, e as mulheres dispensam vestidos longos porque não há no programa jantar de gala com o capitão. (JOÃO BATISTA NATALI)



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