Nada de pressa, já que o trajeto demanda paradas para descanso e, se feito de dia, para ver o nascer do sol

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO JAPÃO

O caminho até o topo do Fuji tem dez estágios, chamados "goome". O trajeto até o quinto, de qualquer uma das cinco rotas, é feito somente de ônibus.
É nele que os turistas tomam fôlego para começar a caminhada. Na rota mais conhecida, a Kawaguchi-ko, esse estágio fica a 2.305 m de altitude.
Alcançar o pico, de 3.776 m, a partir desse ponto significa andar ao longo de 7,5 km -pouco mais da metade da marginal Pinheiros, que tem aproximadamente 20 km. Também significa elevar-se a 1.471 m de altitude -o pico do Jaraguá, por exemplo, ponto mais alto da capital paulista, tem 1.135 m.
Quanto ao tempo, apesar de folhetos entregues aos visitantes indicarem quatro horas e meia para a chegada ao topo, o grupo acompanhado pela reportagem, com três brasileiros, um venezuelano e uma bruneana-chinesa -todos com idades perto dos 30 anos-, levou 11 horas, incluindo diversas paradas para descanso.
O indiano Manikandan Vaira, 28, que levou 13 horas e meia para alcançar o cume, se queixa: "O tempo real de subida é diferente do que é divulgado". É claro que há aqueles que conseguem subir em um tempo menor, como a japonesa Hiromi Miyakoshi, 32, que já fez o percurso em seis horas.
Como um dos objetivos comuns é ver o nascer do sol, é importante programar-se para fazer a escalada à noite, retornando durante o dia.

Fluxo
A rota mais utilizada para a subida é a Kawaguchi-ko. Ela passa pela linha Subaru e depois se mescla à rota Yoshida, até o alto. No quinto estágio, ela tem o maior estacionamento e o maior número de lojas.
A loja Komitaki, uma das cinco próximas à linha Subaru, por exemplo, funciona de abril a novembro, mas a temporada de escalada é mesmo em julho e agosto, quando as hospedarias estão abertas.
É possível subir em setembro, mas elas ficam fechadas. Também não é recomendado subir nos meses em que há muita neve.
(MAURÍCIO KANNO)


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