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TRAÇADO PANTANEIRO
Imenso, Pantanal é vários destinos em um
Viajante deve avaliar o que quer ver para decidir qual rumo tomar; principal divisão é entre norte e sul
HELOISA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Estendido por 230 mil km2
-área pouco menor do que a
do Reino Unido-, o Pantanal é
tido como um destino turístico
só. Mas, para os pantaneiros,
aquela imensa porção de terra
é dividida em 11 regiões (veja
mapa abaixo), cada uma com
características particulares,
que apenas olhos locais ou
muito estudados conseguem
ver assim com tanta clareza.
Então, antes de se confundir
com nomes como Nhecolândia
e Nabileque, o viajante deve
apenas identificar o que deseja
encontrar em sua viagem para
decidir que rumo tomar.
Para isso, vale uma divisão
mais ampla: Pantanal Norte,
fração que fica no Mato Grosso,
e Pantanal Sul, parcela que está
no Mato Grosso do Sul. A parte
norte é mais quente, mais úmida, tem altitude menor em relação ao nível do mar -passa
mais tempo alagada e tem acesso mais difícil- e influências
da Amazônia. A sul é mais fresca, mais seca, mais alta e tem
influência da mata atlântica.
Outra dica para decidir se a
passagem será para Cuiabá ou
Campo Grande é a vizinhança.
Quem vai ao sul pode ir a Bonito e ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Quem vai para o norte, aproveita e conhece
a Chapada dos Guimarães.
Segmento
Também vale levar em conta
que algumas regiões pantaneiras apresentam vocações. Alexandre Costa Marques, presidente da Associação Brasileira
de Turismo Rural no Mato
Grosso do Sul, aponta que Corumbá concentra o turismo de
pesca, apesar de se voltar cada
vez mais ao ecoturismo. Aquidauana e Miranda se consolidam como pólos do turismo rural e de observação. E algumas
peculiaridades colocam outras
regiões na mira, como Nabileque, a região mais preservada.
E o motivo da preservação é daqueles que fazem salivar os
mais aventureiros: "Alaga demais, é difícil chegar lá".
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