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PEDRA RARA
Jordânia luta contra medo de turistas ocidentais
DA REDAÇÃO
A Jordânia é uma espécie de
primo pobre no turismo do
Oriente Médio. Recentemente, ao
anunciar o plano que irá reger o
setor no país, uma das metas do
Ministério do Turismo era justamente sair dessa posição.
E tudo corria bem. Em julho, a
ministra do Turismo, Alia Bouran, afirmou ao jornal "Arab
News" que esperava um impulso
de US$ 1 bilhão na indústria do
turismo jordaniano neste ano.
O otimismo de Bouran pode ser
atribuído à projeção de 2 milhões
de visitantes em 2004. Até 2010, a
estimativa é que 12 milhões de turistas passem por lá, gerando uma
renda de US$ 5,6 bilhões.
Tal projeção soava otimista para um país que convive com altos
e baixos, dada a instabilidade de
sua imagem no exterior. Porém
no primeiro semestre do ano, a
Jordânia registrou um aumento
de 30% no fluxo de turistas em relação ao mesmo período de 2003.
Mas, em 7 de outubro deste
mês, atentados terroristas em três
localidades de veraneio na península do Sinai, no Egito, país com o
qual a Jordânia faz fronteira, deixaram 35 mortos.
Embora o setor turístico ainda
não tenha sentido impacto nos
negócios, já se sabe que o temor
de novos atentados deverá derrubar o número de visitantes estimados para a Jordânia, fazendo
despencar o fluxo de turistas dos
EUA e da Europa ao país.
Isso já havia ocorrido após o 11
de Setembro. Ultimamente, os
europeus ainda eram encontrados, mas os norte-americanos desapareceram. Por outro lado, o
aumento de visitantes árabes reduziu o impacto negativo no setor, compensando, de certa forma, os efeitos da guerra contra o
terrorismo e das operações militares no Iraque.
Mas nem o fluxo de árabes tem
salvado o turismo na Jordânia,
que amarga há dez anos o pior lugar no ranking de receptivo de turistas entre seus vizinhos.
Segundo a Organização Mundial de Turismo, nove dos 30 países emergentes no setor estão no
Oriente Médio. A Jordânia não está na lista. O turismo no país registrou 5,8% de aumento entre
1995 e 2002. A média mundial foi
de 7%, e a do Oriente Médio, 12%.
Experiência irlandesa
O plano lançado neste ano, batizado de Estratégia Nacional para
o Turismo, busca "reverter os
anos de uma performance abaixo
da esperada e desenvolver um turismo competitivo".
O irlandês Matt McNulty, ex-diretor do Escritório de Turismo Irlandês, trabalhou com o Conselho
Nacional de Turismo da Jordânia
para formular a nova estratégia.
O plano foi baseado na experiência irlandesa de recuperação
do turismo depois da crise política na Irlanda do Norte nos anos
1980. O país viu o fluxo de visitantes dobrar ano a ano durante um
período de cinco anos.
Para ele, a Jordânia deve fortalecer os esforços de propaganda
-promovendo-se como destino
seguro-, encorajar o desenvolvimento de produtos e a competitividade, desenvolver os recursos
humanos e regulamentar o setor.
Na questão dos recursos humanos, o plano visa mudar o fato de
que dois terços dos que trabalham
com turismo não têm habilidade
ou experiência para suas funções.
O orçamento do Jordan Tourism Board (JTB) será de US$ 11,3
milhões neste ano, US$ 4,2 milhões a mais que em 2003.
Com agências internacionais
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