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Chuva de turistas inundará Roma
da Reportagem Local
Na passagem de 2000 para 2001,
na virada oficial do milênio, prepare-se para navegar em um mar de
turistas se estiver em Roma. A expectativa do departamento de Turismo do governo italiano é que
20,5 milhões de pessoas visitem a
cidade no ano 2000, contra os 14,1
milhões que costumam frequentá-la a cada ano.
O motivo de tão inflacionada
procura é o Jubileu do ano 2000,
com um extenso calendário de comemorações dos dois milênios do
nascimento de Cristo. Como será
uma festa 100% religiosa, deverá
atrair, basicamente, religiosos e
católicos praticantes.
O governo italiano estima que a
maioria dos turistas terá mais de
50 anos de idade e um nível de instrução médio. Entre os estrangeiros, 85% estarão indo a Roma pela
primeira vez e deverão voltar seus
olhos para manjados pontos turísticos, como o Coliseu, o Fórum e as
principais igrejas.
Se você prevê que com isso os
principais cartões-postais da cidade vão registrar um movimento recorde, acertou. O governo italiano
concorda com você, segundo uma
pesquisa recente sobre visitas a
Roma no ano 2000, e estima que o
mês de maior pico de turistas deverá ser maio, com 4 milhões de visitantes. Como a cidade possui cerca de 3,5 milhões de habitantes,
haverá o dobro de pessoas no mesmo espaço. Em dezembro, o número de turistas deve chegar perto
de 1 milhão.
²
Caçada por quartos
Além da onda de turistas, que deverá varrer os principais monumentos da capital italiana, será
preciso administrar ainda outro
inconveniente no ano 2000: a grande demanda por hotéis. O próprio
governo italiano está prevendo
que haverá mais turistas do que
quartos de hotel em Roma.
Quem pretender passar a virada
do milênio na capital do mundo
antigo terá de fazer reservas com
pelo menos três meses de antecedência. Se você quiser se hospedar
em um hotel econômico, planeje a
viagem uns quatro meses antes da
data de embarque.
Esse tipo de acomodação deverá
ser o mais procurado na cidade,
dada a condição social da maioria
dos visitantes -tanto os italianos
como os estrangeiros-, de classe
média.
Segundo o departamento de Turismo italiano, até as associações
católicas, que costumam receber
turistas por preços convidativos,
vão ser obrigados a dizer "não" para quem não seguir os mandamentos não-oficiais do Jubileu: planejar, reservar e se programar para
não sair muito molhado na chuva
de turistas que promete inundar a
cidade das fontes, das esculturas e
dos amores no fim deste milênio.
(CARLA ARANHA)
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