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ÁFRICA
Ar seco amplia a visão no deserto
Na Namíbia, Sossusvlei toma ao menos três dias do roteiro, que deve incluir ainda a costa dos Esqueletos
NA NAMÍBIA
A Namíbia é um paraíso para
os amantes da fotografia. A natureza árida proporciona luzes
e imagens espetaculares.
O parque nacional de Etosha,
o deserto de Sossusvlei e a costa
dos Esqueletos são os destinos
mais procurados.
Quinze minutos de respiração na capital Windhoek são
suficientes para ressecar a boca
e as mucosas nasais. No inverno, é comum a umidade do ar
chegar a menos de 10%.
No céu, duas pálidas nuvenzinhas. No mais, pedregulho,
areia, pequenos arbustos e
montanhas no horizonte. A
paisagem é serena e poderosa.
Windhoek tem menos de 250
mil habitantes. Os turistas se
surpreendem com as ruas e
praças limpas e bem sinalizadas. Caminhar ali é bem mais
seguro do que na maioria dos
outros países africanos.
A baixa densidade populacional ajuda. São 2,43 habitantes
por quilômetro quadrado. Número perceptível quando se enfrenta as longas estradas que
adentram o país. Há poucos povoados fora das cidades principais. Cresce a sensação de território selvagem.
Apesar de safáris serem comuns em quase todos os países
da África, Etosha concentra
centenas de espécies de animais e pássaros em uma região
desértica. Com menos arbustos
que a savana, fica mais fácil encontrá-los. Leões são vistos
contra o horizonte seco, em visões quase geométricas. Programe ficar ali pelo menos três
ou quatro dias.
Experiência ainda mais surpreendente é visitar a costa dos
Esqueletos. A região inóspita
do litoral norte do país tem esse
nome devido aos inúmeros esqueletos de baleias e carcaças
de navios encalhados nas
praias. Combinados às dunas, a
vista embaralha tudo. Fica parecendo que os esquetos ondulam no meio do deserto. Para
completar a estranheza, correntes frias da Antártica trazem focas para essas praias.
Ir a essa região é relativamente caro devido à dificuldade de obtenção de suprimentos
e ao isolamento.
Colônia
A Namíbia é independente
desde 1990. Exploradores portugueses passaram por ali no
século 15, mas logo deixaram o
território, que foi transformado em colônia alemã. Na Primeira Guerra Mundial, o país
foi ocupado por tropas da África do Sul. Com o final da Segunda Guerra, foi anexada à África
do Sul.
(MARCELO PLIGER)
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