São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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ÁFRICA

Ar seco amplia a visão no deserto

Na Namíbia, Sossusvlei toma ao menos três dias do roteiro, que deve incluir ainda a costa dos Esqueletos

NA NAMÍBIA

A Namíbia é um paraíso para os amantes da fotografia. A natureza árida proporciona luzes e imagens espetaculares.
O parque nacional de Etosha, o deserto de Sossusvlei e a costa dos Esqueletos são os destinos mais procurados.
Quinze minutos de respiração na capital Windhoek são suficientes para ressecar a boca e as mucosas nasais. No inverno, é comum a umidade do ar chegar a menos de 10%.
No céu, duas pálidas nuvenzinhas. No mais, pedregulho, areia, pequenos arbustos e montanhas no horizonte. A paisagem é serena e poderosa.
Windhoek tem menos de 250 mil habitantes. Os turistas se surpreendem com as ruas e praças limpas e bem sinalizadas. Caminhar ali é bem mais seguro do que na maioria dos outros países africanos.
A baixa densidade populacional ajuda. São 2,43 habitantes por quilômetro quadrado. Número perceptível quando se enfrenta as longas estradas que adentram o país. Há poucos povoados fora das cidades principais. Cresce a sensação de território selvagem.
Apesar de safáris serem comuns em quase todos os países da África, Etosha concentra centenas de espécies de animais e pássaros em uma região desértica. Com menos arbustos que a savana, fica mais fácil encontrá-los. Leões são vistos contra o horizonte seco, em visões quase geométricas. Programe ficar ali pelo menos três ou quatro dias.
Experiência ainda mais surpreendente é visitar a costa dos Esqueletos. A região inóspita do litoral norte do país tem esse nome devido aos inúmeros esqueletos de baleias e carcaças de navios encalhados nas praias. Combinados às dunas, a vista embaralha tudo. Fica parecendo que os esquetos ondulam no meio do deserto. Para completar a estranheza, correntes frias da Antártica trazem focas para essas praias.
Ir a essa região é relativamente caro devido à dificuldade de obtenção de suprimentos e ao isolamento.

Colônia
A Namíbia é independente desde 1990. Exploradores portugueses passaram por ali no século 15, mas logo deixaram o território, que foi transformado em colônia alemã. Na Primeira Guerra Mundial, o país foi ocupado por tropas da África do Sul. Com o final da Segunda Guerra, foi anexada à África do Sul. (MARCELO PLIGER)


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