São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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internacional

Excesso de navios na Antártida precupa

Especialistas temem danos ao ambiente

DA ASSOCIATED PRESS

Um navio de cruzeiro começa a fazer água na Antártida e outros três vêm rapidamente em resgate: uma bênção para os sobreviventes. Mas também a indicação da explosão de um turismo regional que, segundo seus críticos, ameaça o delicado meio ambiente da Antártida.
Os 154 passageiros e tripulantes do MS Explorer foram resgatados com segurança de botes salva-vidas no final de semana passado por um navio de cruzeiros norueguês.
O turismo na Antártida cresceu em popularidade, mas há pouca regulamentação dessa indústria lucrativa. Agora, navios de cruzeiro começaram a chegar, e alguns especialistas temem acidentes catastróficos e danos ambientais.
"Sob o protocolo ambiental da secretaria do Tratado da Antártida, toda a Antártida deveria ser uma reserva", disse Jim Barnes, diretor-executivo da Coalisão da Antártida e do Oceano Austral.
Na temporada de 1992/93, cerca de 6.700 turistas visitaram a região, segundo a Associação Internacional de Operadoras de Turismo da Antártida. Na última temporada, esse número saltou para 29.530.
O tratado da Antártida foi assinado em 1959 para prevenir incursões militares na região. Seus membros se reúnem todos os anos e adotam recomendações, mas não há uma autoridade para reforçá-las.
A Associação Internacional das Operadoras de Turismo da Antártida foi fundada por sete companhias com o objetivo de promover viagens "seguras e ecologicamente responsáveis". O grupo hoje conta com 99 membros, mas há operadoras trabalhando fora da associação, que podem não seguir as suas diretrizes de segurança
A GAP Adventures, proprietária do Explorer, é membro da associação. Os passageiros pagaram até US$ 14 mil por uma suíte durante o cruzeiro.
O navio era relativamente pequeno, com 75 metros. Mas os mares perigosos, os ventos fortes e a névoa da Antártida tornam a navegação perigosa. "Se um navio como aquele pode afundar, isso deveria servir como um alerta sobre permitir a ida de navios sem resistência ao gelo e casco duplo até a região", afirmou Barnes.


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