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Custo portuário afeta temporada de cruzeiro
DOS ENVIADOS ESPECIAIS
Um grande entrave para a temporada de cruzeiros se estender
no Brasil fica por conta do custo
da parada no porto de Santos, onde embarca o grosso dos passageiros nacionais. A taxa no porto
paulista é de US$ 60 mil por atracadura, contra US$ 20 mil em Palma de Mallorca, por exemplo.
A taxa portuária por passageiro
embarcado é de US$ 24 em Santos
e de US$ 3 no porto espanhol, segundo Eduardo Vampré Nascimento, fundador da Sun & Sea,
que representa, entre outros navios, o Island Escape.
Apesar desse custo, a vinda de
mais transatlânticos para o Brasil
"depende da economia", diz Dado Nascimento, da Sun & Sea.
Já para o secretário de Políticas
de Turismo desse ministério, Milton Zuanazzi, não é a conjuntura
econômica que fará o número de
cruzeiros crescer no país, mas,
sim, bons produtos e vendê-los.
No último verão, cerca de 100
mil pessoas viajaram de navio pela costa brasileira. Mesmo sendo
esta temporada mais curta (23
cruzeiros, contra 32 da anterior),
a Island Cruises, empresa do Island Escape, espera embarcar
17% mais passageiros -37 mil
viajantes, uma média de 1.609
passageiros por saída, contra
1.375 pessoas em 2002/2003- e
alcançar a esperada lucratividade.
O navio é considerado o mais popular do mercado, pelo preço e
pela informalidade.
A Pullmantur, proprietária do
R-5 Blue Dream, espera aumentar
em até seis vezes o fluxo de turistas europeus no Brasil, segundo
Alfonso Lopez, diretor-geral da
operadora. "Levamos 3.500 pessoas por semana para o Caribe,
mas esperamos trazer 4.000 para
o Brasil." Só a CVC planeja embarcar em três meses (dezembro,
janeiro e fevereiro) um total de 11
mil passageiros no R-5 Blue
Dream.
(MM e CCP)
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