São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2011

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Paisagem de cartão-postal vale as horas de estrada

Rota na Eslováquia traz castelos de princesas e fortificações em ruínas

Chegada a Spis, castelo que integra a lista de patrimônios da Unesco desde 1993, é o ponto alto de toda a viagem


VERENA FORNETTI
ENVIADA ESPECIAL À ESLOVÁQUIA

Dirigir horas em meio às montanhas nos Cárpatos, perder-se por caminhos rodeados de florestas e, depois de muita estrada, chegar a um castelo que pode ser um punhado de ruínas ou um palácio de conto de fadas. Esse é o roteiro de quem resolve caçar castelos pela Eslováquia.
Pouco ou muito conservado, reconstruído ou em pedaços, a recompensa ao chegar ao topo das construções é sempre uma paisagem de cartão-postal. Nessa época do ano, com campos ensolarados e floridos.
De Bratislava ao leste do país, onde fica o maior castelo da Eslováquia, o Spis (em eslovaco, Spisský hrad), há mais de 40 castelos ou ruínas de fortificações -veja no site www.slovakia.travel (há também rotas para mansões).
O roteiro deve ser feito de carro. É possível fazer o percurso de ônibus, mas as fortificações, muitas vezes, ficam afastadas dos centros, e as ligações entre as cidades são bastante limitadas.
No interior dos castelos que ainda estão inteiros ""ou quase"", existem salas com quadros, armas ou utensílios de época, mas a coleção costuma ser reduzida. Mesmo em construções que preservam o formato de castelo, às vezes é só um esqueleto, em que o interior não preserva o estilo original.
Por exemplo, o castelo de Bojnice, no centro do país, foi referido pela primeira vez em 1113, mas foi reconstruído no fim do século 19, tendo como referência castelos franceses do Loire. O lugar é uma fortificação ondulante e rosada que parece casa das princesas de Walt Disney.
Já o castelo de Spis é responsável pelo maior suspiro da viagem. As ruínas da fortificação estão na lista dos patrimônios da humanidade da Unesco desde 1993.
O castelo tem poucas salas com exposições. Entre elas, uma que reconstrói ""com talvez muita imaginação"" a cozinha da edificação. Outra traz um conjunto impressionante de instrumentos medievais de tortura.
Em todos os castelos visitados pela reportagem não havia visita guiada em inglês. Para conseguir informações sobre os lugares, ao comprar a entrada, peça por um folheto em inglês.
Outro ponto negativo é a acessibilidade: não há rampas que possam ser percorridas por pessoas com mobilidade reduzida. Em alguns acessos, as pedras ficam escorregadias quando o tempo está úmido.
Para visitar castelos de oeste a leste da Eslováquia, parando em pequenas cidades renascentistas pelo caminho, reserve ao menos cinco dias. O roteiro abrange aproximadamente 700 km.


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