São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2011

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Parque da Tijuca tem circuito de atrações

Unidade de conservação federal na capital do Rio comemora 50 anos de fundação e 150 anos de reflorestamento

Turista passa, além do Cristo Redentor, por cascatinha, capela cor-de-rosa, pagode chinês e, ainda, belas vistas

MAURÍCIO KANNO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O parque nacional da Tijuca comemora 50 anos de fundação na próxima quarta-feira, celebração que chama ainda mais atenção para a área verde federal mais visitada do país. Lá, o turista é recebido por uma espécie de circuito com diversas atrações.
O visitante (motorizado ou de bicicleta) pode começar seu passeio pelo setor Serra da Carioca, o mais próximo de outros destinos da zona sul do Rio e vizinho da lagoa Rodrigo de Freitas. Esse é o maior dos três setores do parque abertos à visitação, que também dá acesso ao Cristo Redentor, sobre o morro do Corcovado.
No mirante Dona Marta, é possível ver a estátua de frente -ali existe também um heliponto. Logo adiante, saindo do local pela estrada, há acesso ao Cristo, que completa 80 anos em 12 de outubro. Seguindo a estradinha, o turista passa por paineiras e pelos mirantes do Andaime Pequeno e da Bela Vista, onde podem ser vistas a mata sobre morros e a cidade.

CASCATINHA
Depois de um trecho urbano fora do parque, o turista chega ao portão do setor Floresta da Tijuca. Lá dentro, logo vai encontrar a cascatinha Taunay. Seu nome homenageia o pintor Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830), membro da missão artística francesa. Veio ao Brasil em 1816 e chegou a morar junto ao local.
Hoje, há ali uma placa da companhia estadual de águas e esgotos que avisa: "Proibido tomar banho - água de consumo humano".
Em seguida, o visitante pode apreciar a capela Mayrink, famosa por ter sido palco do casamento da cantora Elis Regina. As missas na capela cor-de-rosa são celebradas no primeiro domingo de cada mês. Ela abre das 14h às 16h para visitação diária.
A capela leva o nome do seu último dono antes da desapropriação, em 1897, do terreno onde está localizada -originalmente, uma fazenda.
A próxima parada é o centro de visitantes. O nome soa burocrático, mas o local guarda uma criativa exposição, inaugurada em julho de 2010 -um ano antes de o centro completar dez anos.
Há ali uma maquete interativa do parque, em que luzes se acendem para indicar cada atração, conforme o visitante pressiona botões.
Já na entrada do local, há uma estátua em homenagem aos escravos que trabalharam no replantio da floresta.
Depois do ponto de onde sai a trilha ao pico da Tijuca, o setor Floresta termina com o lago das Fadas e o açude da Solidão, cujo nome lembra o barão do Bom Retiro (1818-1886), que chorava a morte do filho na Guerra do Paraguai (1864-1870).

MESA E PAGODE
Retorne ao setor Serra da Carioca pela estrada da Vista Chinesa, onde bambus se curvam sobre o visitante. Sua ladeira é aproveitada para competições radicais, como de skate e de bicicleta. Entre duas palmeiras, conheça a mesa do Imperador. De pedra, servia para refeições da família real, em um ponto de onde se vê uma bela paisagem do Rio.
Mas não se demore tanto aí: logo adiante, está o mirante Vista Chinesa, que merece um bom tempo de contemplação. De lá, avista-se o Cristo, o Pão de Açúcar, a baía de Guanabara, a lagoa Rodrigo de Freitas, Ipanema e o morro dos Dois Irmãos.
Como homenagem aos imigrantes chineses, há lá um pagode, estrutura de inspiração religiosa que lembra um coreto. Ele apareceu na animação "Rio": foi onde o casal de araras do filme subiu para dormir após a fuga.
O terceiro setor, onde há a rampa de voo livre, é famoso por ser o ponto dos amantes de asa-delta. Na trilha da Pedra Bonita, a subida é mais leve, mas cansativa, e pode levar 45 minutos. A Pedra da Gávea exige muito mais preparo físico. É onde está um rosto esculpido provavelmente por formação natural.


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