São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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croácia

Cidade vive em palácio de 1.700 anos

INUSITADO - Centro histórico de Split é composto em parte por construção de imperador romano tornada vila no século 7º

DO ENVIADO ESPECIAL À CROÁCIA

Split não seria um destino turístico excêntrico sem o palácio de Diocleciano e seu complexo. Com quase 30 mil m2 e 1.700 anos, a construção já foi dominada por povos tão variados como os que a visitam hoje.
O complexo é composto de ruelas onde automóveis não circulam. Casas antigas e lojas alternam-se com bares e restaurantes que mantêm, aparentemente, mais mesas ao ar livre do que nos seus interiores. Há até uma feira ao ar livre, vendendo de cogumelos a camisas de futebol.
O palácio, construído pelo imperador romano para a sua aposentadoria, no começo do século 4º, tornou-se um vilarejo no século 7º, quando foi tomado por refugiados de Salona.
Nesse século, o mausoléu de Diocleciano foi transformado na catedral de St. Mary, depois igreja de St. Domnius e, mais tarde, St. Lucy, atual catedral de Split. Vale visitá-la e, separadamente, subir ao campanário. Os programas custam 10 kunas (R$ 3,50) cada um. De lá se tem vista de todo o centro histórico.
Segundo o livro "Split - História, Cultura e Patrimônio Artístico" (ed. Forum; à venda nos centros de turismo locais por cerca de R$ 27), "à medida que a cidade cresceu no palácio com a passagem do tempo, uma significativa parte da arquitetura original foi preservada, mas a maioria usada para funções completamente diferentes. Mesmo assim, é o complexo mais bem preservado da arquitetura romana tardia no mundo. O trabalho de reconstrução e conservação acontece há quase dois séculos, e tem sido especialmente intenso nos últimos 50 anos".
Mas Split não se resume ao palácio de Diocleciano: há mais vida por todos os lados, inclusive uma área com grandes prédios e avenidas, como em muitas cidades. É onde fica o estiloso estádio do Hajduk (www.hnkhajduk.hr), o atual quarto colocado do campeonato de futebol croata. Em 2005, a seleção brasileira de futebol enfrentou a da Croácia por lá e empatou em 1 a 1.
Também fora dos limites do palácio localizam-se o Museu Arqueológico (www.mdc.hr/split-arheoloski), construído pelo imperador austríaco Francis I em 1821, e a Galeria de Arte (www.mdc.hr/galum), referência em arte croata dos séculos 19 e 20.
Próxima do centro histórico, a península Marjan abriga um parque-floresta artificial com o mesmo nome. O local é abundante em pequenas igrejas (dos séculos 9, 14, 15 e 16).
Mesmo para quem desce de navios e tem a estadia prevista para algo como entre 8h e 17h, é possível explorar boa parte desses atrativos. Mas peneirar é preciso, claro. Conhecer bem o palácio de Diocleciano, almoçar na praia de Bacvice e esmiuçar a orla em frente ao porto toma seis ou sete horas. Uma opção é eliminar Bacvice para conhecer algum museu. (TM)

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