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croácia
Cidade vive em palácio de 1.700 anos
INUSITADO - Centro histórico de Split é composto em parte por construção de imperador romano tornada vila no século 7º
DO ENVIADO ESPECIAL À CROÁCIA
Split não seria um destino turístico excêntrico sem o palácio
de Diocleciano e seu complexo.
Com quase 30 mil m2 e 1.700
anos, a construção já foi dominada por povos tão variados como os que a visitam hoje.
O complexo é composto de
ruelas onde automóveis não
circulam. Casas antigas e lojas
alternam-se com bares e restaurantes que mantêm, aparentemente, mais mesas ao ar
livre do que nos seus interiores.
Há até uma feira ao ar livre,
vendendo de cogumelos a camisas de futebol.
O palácio, construído pelo
imperador romano para a sua
aposentadoria, no começo do
século 4º, tornou-se um vilarejo no século 7º, quando foi tomado por refugiados de Salona.
Nesse século, o mausoléu de
Diocleciano foi transformado
na catedral de St. Mary, depois
igreja de St. Domnius e, mais
tarde, St. Lucy, atual catedral
de Split. Vale visitá-la e, separadamente, subir ao campanário.
Os programas custam 10 kunas
(R$ 3,50) cada um. De lá se tem
vista de todo o centro histórico.
Segundo o livro "Split - História, Cultura e Patrimônio Artístico" (ed. Forum; à venda
nos centros de turismo locais
por cerca de R$ 27), "à medida
que a cidade cresceu no palácio
com a passagem do tempo,
uma significativa parte da arquitetura original foi preservada, mas a maioria usada para
funções completamente diferentes. Mesmo assim, é o complexo mais bem preservado da
arquitetura romana tardia no
mundo. O trabalho de reconstrução e conservação acontece
há quase dois séculos, e tem sido especialmente intenso nos
últimos 50 anos".
Mas Split não se resume ao
palácio de Diocleciano: há mais
vida por todos os lados, inclusive uma área com grandes prédios e avenidas, como em muitas cidades. É onde fica o estiloso estádio do Hajduk (www.hnkhajduk.hr), o atual quarto
colocado do campeonato de futebol croata. Em 2005, a seleção brasileira de futebol enfrentou a da Croácia por lá e
empatou em 1 a 1.
Também fora dos limites do
palácio localizam-se o Museu
Arqueológico (www.mdc.hr/split-arheoloski), construído
pelo imperador austríaco
Francis I em 1821, e a Galeria
de Arte (www.mdc.hr/galum), referência em arte croata
dos séculos 19 e 20.
Próxima do centro histórico,
a península Marjan abriga um
parque-floresta artificial com o
mesmo nome. O local é abundante em pequenas igrejas (dos
séculos 9, 14, 15 e 16).
Mesmo para quem desce de
navios e tem a estadia prevista
para algo como entre 8h e 17h,
é possível explorar boa parte
desses atrativos. Mas peneirar
é preciso, claro. Conhecer bem
o palácio de Diocleciano, almoçar na praia de Bacvice e esmiuçar a orla em frente ao porto toma seis ou sete horas. Uma
opção é eliminar Bacvice para
conhecer algum museu.
(TM)
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