São Paulo, quinta-feira, 31 de maio de 2007

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CHINA

Cartões com endereços em chinês são vitais

Sem eles, taxistas podem não sair do lugar; termos como "rock" ou "diet" não fazem sentido para os chineses

DA ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

A sensação que se tem ao chegar a Xangai é a de ser analfabeto: as placas e os avisos estão em todo lugar, mas não podem ser compreendidos.
O mandarim, idioma oficial da China, predomina sobre o alfabeto romano. Apenas alguns sinais têm o som das palavras escrito em letras romanas.
Ainda assim é um grande esforço para um ocidental conseguir memorizar nomes como Nanjing Road, Pudong e Bund.
A dica é ter à mão cartões que trazem, em chinês, os nomes dos lugares para onde se vai. Há taxistas que não saem do lugar se o passageiro não apresentar um papel com os ideogramas do endereço onde quer ir.
O mesmo vale para a volta: mímicas caprichadas e heróicas tentativas de pronunciar o nome do hotel não valem de nada. Pode se resignar.
Isso porque, em chinês, deslizes de pronúncia mudam totalmente o sentido da palavra. Dependendo da entonação, a sílaba "ma", por exemplo, pode significar interrogação, cavalo, mãe ou pedra preciosa.
Recorrer a equivalentes ou a "nomes fantasia" ocidentais é outra furada: para os chineses, termos como "diet" ou "rock" não fazem o menor sentido.
Portanto, não saia do hotel sem seus cartões com ideogramas. Os atendentes podem escrever os endereços em chinês.
Aprender termos em mandarim desperta simpatia e é útil para se livrar dos ambulantes que caminham ao lado dos turistas por metros a fio tentando vender imitações de tudo.
Um vigoroso "bu yao" (não quero) costuma dar certo. Outra carta na manga é o "bu yu" (não tenho), eficiente para os pedintes que não se acanham em repetir "money, money" sacudindo copos com moedas.
(MARIANA BARROS)


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