|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CHINA
Cartões com endereços em chinês são vitais
Sem eles, taxistas podem não sair do lugar; termos como "rock" ou "diet" não fazem sentido para os chineses
DA ENVIADA ESPECIAL A XANGAI
A sensação que se tem ao
chegar a Xangai é a de ser analfabeto: as placas e os avisos estão em todo lugar, mas não podem ser compreendidos.
O mandarim, idioma oficial
da China, predomina sobre o
alfabeto romano. Apenas alguns sinais têm o som das palavras escrito em letras romanas.
Ainda assim é um grande esforço para um ocidental conseguir memorizar nomes como
Nanjing Road, Pudong e Bund.
A dica é ter à mão cartões que
trazem, em chinês, os nomes
dos lugares para onde se vai. Há
taxistas que não saem do lugar
se o passageiro não apresentar
um papel com os ideogramas
do endereço onde quer ir.
O mesmo vale para a volta:
mímicas caprichadas e heróicas tentativas de pronunciar o
nome do hotel não valem de nada. Pode se resignar.
Isso porque, em chinês, deslizes de pronúncia mudam totalmente o sentido da palavra. Dependendo da entonação, a sílaba "ma", por exemplo, pode significar interrogação, cavalo,
mãe ou pedra preciosa.
Recorrer a equivalentes ou a
"nomes fantasia" ocidentais é
outra furada: para os chineses,
termos como "diet" ou "rock"
não fazem o menor sentido.
Portanto, não saia do hotel
sem seus cartões com ideogramas. Os atendentes podem escrever os endereços em chinês.
Aprender termos em mandarim desperta simpatia e é útil
para se livrar dos ambulantes
que caminham ao lado dos turistas por metros a fio tentando
vender imitações de tudo.
Um vigoroso "bu yao" (não
quero) costuma dar certo. Outra carta na manga é o "bu yu"
(não tenho), eficiente para os
pedintes que não se acanham
em repetir "money, money" sacudindo copos com moedas.
(MARIANA BARROS)
Texto Anterior: China: Chamariz de bares está nas varandas Próximo Texto: China: Túnel encena luta entre bem e mal Índice
|