São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2006

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Agência dos EUA quer levar turista ao Haiti

DA ASSOCIATED PRESS

Imagine-se deitado em uma rede, mirando o mar do Caribe, enquanto aguarda para degustar uma lagosta. Uma cena ideal de férias relaxantes. Agora pense que esse lugar paradisíaco fica no Haiti, que aparece no noticiário como um lugar em que a paz passa longe. Bem, mas é esse o destino que uma agência no sul da Flórida quer vender.
"Visite o Haiti. Não ligue para o que você vê no noticiário", diz Wilfrid Belfort da MWM & Associates, em North Miami Beach. Detalhes do pacote estão em www.tohaiti.com.
As notícias do país não prometem paz: ataques de gangues e casos de seqüestro são rotineiros na capital do país mais pobre do mundo ocidental.
Mas a agência vê no crescimento do turismo a melhor oportunidade de melhorar a economia do país e de fazê-lo atingir a estabilidade política -um plano que o presidente haitiano Rene Préval propôs durante conferência de turismo na Flórida em junho. Apenas 112 mil turistas visitaram o Haiti em 2005, enquanto 4 milhões foram para a vizinha República Dominicana, segundo o presidente do Haiti.
A companhia oferece pacotes de quatro dias, no sistema "all-inclusive" para balneários no norte, centro e sul da ilha. Saindo de Miami, o roteiro custa US$ 499 por pessoa, com aéreo, city tour e ida a danceteria.
Apesar da aposta da agência dos EUA, nem todos estão dispostos a ir ao Haiti. Um país instável salpicado de resorts exclusivos não atrai Kevin Danaher, da Global Exchange, em San Francisco. "Queremos voltar quando estiver seguro", diz.


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