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Suzana Vieira
elogia tramas
da Reportagem Local
Apesar de reconhecer o
exagero na estética, a atriz
Suzana Vieira defende o
enredo e a narrativa das
novelas mexicanas.
"Os textos parecem peças gregas, que mexem
com as nossas emoções
mais primárias", diz Suzana, que atuou em duas
produções na Cidade do
México, em 1982.
"No início, eu decorava
os textos. Mas tive de parar e começar a usar o
ponto eletrônico depois
de receber uma advertência do sindicato dos atores", lembra.
Para a atriz, que entra
agora na trama de "Salsa
e Merengue" vivendo
uma "perua", as melhores protagonistas femininas são as mexicanas.
"Eles não fazem tramas e
subtramas como nós. É
sempre uma história central, a história de uma
mulher."
Suzana ressalta que os
cachês no México são
muito superiores aos do
Brasil. "Na época, eu deixei a Globo ganhando
US$ 2 mil e eles me ofereceram US$ 25 mil por
mês. Mas o padrão deles é
muito mais alto. A Thalia
(de `Maria do Bairro'),
por exemplo, ganha
atualmente US$ 120 mil."
O único elemento da teledramaturgia mexicana
que a atriz não aprova é o
exagero no figurino. "Levei o meu guarda-roupa
do Rio. As outras atrizes
brincavam comigo perguntando onde estavam
os meus postiços. Isso virou até motivo de piada
entre meus amigos. O Miguel Falabella até hoje
pergunta onde eu escondi
os meus postiços."
(EG)
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