São Paulo, domingo, 2 de março de 1997.

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Suzana Vieira elogia tramas

da Reportagem Local

Apesar de reconhecer o exagero na estética, a atriz Suzana Vieira defende o enredo e a narrativa das novelas mexicanas.
"Os textos parecem peças gregas, que mexem com as nossas emoções mais primárias", diz Suzana, que atuou em duas produções na Cidade do México, em 1982.
"No início, eu decorava os textos. Mas tive de parar e começar a usar o ponto eletrônico depois de receber uma advertência do sindicato dos atores", lembra.
Para a atriz, que entra agora na trama de "Salsa e Merengue" vivendo uma "perua", as melhores protagonistas femininas são as mexicanas. "Eles não fazem tramas e subtramas como nós. É sempre uma história central, a história de uma mulher."
Suzana ressalta que os cachês no México são muito superiores aos do Brasil. "Na época, eu deixei a Globo ganhando US$ 2 mil e eles me ofereceram US$ 25 mil por mês. Mas o padrão deles é muito mais alto. A Thalia (de `Maria do Bairro'), por exemplo, ganha atualmente US$ 120 mil."
O único elemento da teledramaturgia mexicana que a atriz não aprova é o exagero no figurino. "Levei o meu guarda-roupa do Rio. As outras atrizes brincavam comigo perguntando onde estavam os meus postiços. Isso virou até motivo de piada entre meus amigos. O Miguel Falabella até hoje pergunta onde eu escondi os meus postiços." (EG)

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