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Com o visual inspirado nas histórias em quadrinhos, Suzana Alves protagoniza a partir de amanhã um seriado de ação no horário nobre da Bandeirantes;
atração vai ao ar de segunda a sexta, com 15 minutos de duração
Heroína sem H
Fábrica de Quadrinhos/Divulgação
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Com visual inspirado em quadrinhos, "As Aventuras de Tiazinha" estréia amanhã na Band |
Tiazinha em ritmo de aventura
ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local
Quando estrear "As Aventuras de Tiazinha" amanhã, na Bandeirantes, às 20h, Suzana Alves, a Tiazinha, deverá respirar aliviada. Depois de deixar o "H", foram quase cinco meses de incertezas e tensão em que não conseguia colocar seu prometido programa-solo no ar e via sua carreira correr perigo.
Mas ela pode começar a suar de novo, porque nesse momento o público decidirá se Suzana é ou não apenas um corpo bonito. A modelo precisa provar que é capaz de segurar um programa de aventuras cheio de efeitos especiais para o público infanto-juvenil.
"Lutei muito por esse programa. Recebi até propostas para apresentar o "H", do Luciano (Huck), mas tenho certeza de que será um sucesso, e vamos acabar fazendo um filme para o cinema", diz Suzana.
O novo programa é uma incógnita. A proposta inovadora de misturar a linguagem da TV com a das histórias em quadrinhos e dos desenhos animados pode gerar um enorme sucesso -ao estilo da série "Cavaleiros do Zodíaco" ou da novela infantil "Chiquititas"- ou um fracasso.
Cada episódio terá uma história dividida em cinco capítulos de 15 minutos, exibidos de segunda a sexta. "Vamos ter o ritmo dos seriados de ação dos anos 40. No fim de cada capítulo, deixaremos Tiazinha numa situação de extremo perigo, que só se resolve no seguinte. A garotada vai ficar torcendo por ela", diz Del Rangel, diretor do programa.
Rangel entrou no projeto como supervisor de produção. L.P. Simonetti, ex-diretor do "H", e então produzindo "As Aventuras...", foi afastado em seguida. Depois de dois meses de gravações, sua equipe não conseguia entregar episódios no prazo. Rangel, que dirigiu novelas como "Éramos Seis" e o filme "Contos de Lygia", assumiu e decidiu recomeçar tudo do zero.
Na nova versão do programa, a Fábrica de Quadrinhos, um estúdio formado por desenhistas de histórias em quadrinhos que produzem trabalhos para editoras americanas como Marvel (do Homem-Aranha) e DC Comics (do Super-Homem) assumiu os roteiros, direção de arte e desenvolvimento dos efeitos especiais digitais, um dos grandes atrativos do programa (leia texto ao lado).
No roteiro criado por Simonetti, a personagem era uma orfã criada por cães selvagens e explorada por um pajé interessado em usar seus poderes mágicos. A nova versão, da Fábrica, embarca na ficção científica, inspirada em revistas em quadrinhos como "O Cavaleiro das Trevas", do Batman, desenhos japoneses, como "Akira", e filmes, como "Matrix".
Suzana será Su-013, uma mulher que vive num futuro distante onde só sobraram algumas megacidades na Terra. Ela vive em Trônix (cidade formada pelo que sobrou de São Paulo e Rio de Janeiro), descobre que tem superpoderes e os usa, na identidade de Tiazinha, para se rebelar contra as corporações que oprimem o cidadão comum.
"A história se desenvolverá em ritmo de novela. O que acontecer numa semana terá consequências nas seguintes, como é muito comum nos gibis de super-heróis", explica Rangel.
Assim, na primeira semana, Tiazinha enfrenta uma gangue de terroristas que tenta explodir uma
usina de energia eólica. Serão reveladas sua origem e a forma como
ela conhece seu mentor, Brad
(Henrique Martins), uma consciência digital que vive nos computadores da rede mundial.
Na segunda semana, os espectadores descobrirão detalhes sobre o
pai de Su-013, o vilão Mingo Zio,
um dos megaempresários que
controla a Terra do futuro e que
quer ver a filha morta. José Mojica
Marins, o Zé do Caixão, fará uma
participação especial, provavelmente na sétima semana, como o
dr. Ziggy, um cientista que tenta
ressuscitar sua mulher.
A personagem também viajará
no tempo e por diversos níveis das
megacidades, além de viver aventuras em realidades virtuais. O
companheiro de aventuras de Tiazinha, o cão ciborgue Zê, só aparecerá na nona semana, em uma viagem da heroína à Lua. Tudo em
meio a dezenas de efeitos especiais
nunca vistos em produções do gênero na TV brasileira.
"Nós temos a chance de arriscar,
o que mais ninguém tem no momento. A Band está tentando mesmo encontrar uma forma de cativar a audiência jovem, e estamos
buscando essa veia da ação e da ficção científica", conta Del Rangel.
Foi dele a idéia de juntar roteiristas experientes de dramaturgia televisiva aos de histórias em quadrinhos. "Todos escrevem os roteiros
juntos. É uma bagunça saudável
que acaba gerando um texto melhor. Eles entendem desses detalhes do universo dos personagens,
nós colocamos isso na forma que é
possível para a TV."
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