São Paulo, domingo, 04 de março de 2001

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Modismo não garante sucesso

DA REPORTAGEM LOCAL

Pegar carona em fenômenos musicais pode levar ao fracasso. Foi o que ocorreu com a Globo, em 1999, ao criar o "Samba, Pagode & Cia", comandado pelos pagodeiros Netinho e Salgadinho. A atração amargou sucessivas derrotas no ibope para o "Programa Raul Gil", da Record, afundando a audiência da emissora nos sábados à tarde. No mesmo ano, a Globo também realizou mais uma produção musical que não emplacou: "Amigos & Amigos", comandado pelos sertanejos Zezé Di Camargo, Luciano, Leonardo, Chitãozinho e Xororó.
Os pagodeiros e os sertanejos acabaram duplamente prejudicados. Além de comandarem programas de audiência insatisfatória, ainda ficavam impedidos de participar de atrações de outras emissoras devido a contratos de exclusividade que tinham com a Globo.
Estilo sem imagem A MTV ainda não colocou no ar clipes do "movimento" funk. A explosão do ritmo foi tão rápida, que não houve tempo para a produção de videoclipes. Além disso, a onda tem inimigos na emissora. "Mataria todas as "tchutchucas" se pudesse. Funk é vulgar demais. Não tem jeito, o povo cada dia fica mais burro", diz João Gordo, apresentador do "Gordo a Go-Go" e líder da banda de hardcore Ratos de Porão.


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