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Modismo não garante sucesso
DA REPORTAGEM LOCAL
Pegar carona em fenômenos musicais
pode levar ao fracasso. Foi o que ocorreu
com a Globo, em 1999, ao criar o "Samba,
Pagode & Cia", comandado pelos pagodeiros Netinho e Salgadinho. A atração
amargou sucessivas derrotas no ibope
para o "Programa Raul Gil", da Record,
afundando a audiência da emissora nos
sábados à tarde. No mesmo ano, a Globo
também realizou mais uma produção
musical que não emplacou: "Amigos &
Amigos", comandado pelos sertanejos
Zezé Di Camargo, Luciano, Leonardo,
Chitãozinho e Xororó.
Os pagodeiros e os sertanejos acabaram duplamente prejudicados. Além de
comandarem programas de audiência
insatisfatória, ainda ficavam impedidos
de participar de atrações de outras emissoras devido a contratos de exclusividade que tinham com a Globo.
Estilo sem imagem
A MTV ainda não colocou no ar clipes
do "movimento" funk. A explosão do
ritmo foi tão rápida, que não houve tempo para a produção de videoclipes. Além
disso, a onda tem inimigos na emissora.
"Mataria todas as "tchutchucas" se pudesse. Funk é vulgar demais. Não tem jeito, o povo cada dia fica mais burro", diz
João Gordo, apresentador do "Gordo a
Go-Go" e líder da banda de hardcore Ratos de Porão.
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