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Horário já teve suas campeãs
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Num belo vestido lilás, Aurélia (Norma
Blum) jura vingança ao ex-noivo, Fernando (Cláudio Marzo), que a havia trocado por uma ricaça. Foram 79 capítulos
de um casamento cheio de humilhações,
mas o amor venceu. E o horário das seis,
então recém-criado na Globo, também.
Aurélia era a "Senhora" da novela de
Gilberto Braga, adaptada da obra de José
de Alencar em 1975.
O horário conheceu ainda outras campeãs de audiência: "Escrava Isaura" (76),
"Dona Xepa" (77), "Barriga de Aluguel"
(90) e "Mulheres de Areia" (93). Mesmo
sem poder comparar os números -o
Ibope mudou seus critérios de medição-, todas elas tiveram picos comemorados pela Globo na época.
Até hoje Lucélia Santos corre mundo
relembrando a sua escrava, e Rubens de
Falco é chamado de Leôncio na rua
quando não houve alguém cantarolar a
música da novela: "lê rê lê rê/ lê rê lê rê/lê
rê". Mais de 80 países já viram.
Yara Cortes (1921-2002) ficou famosa
como dona Xepa, a feirante inculta que
sofria para dar vida boa aos dois filhos e
reclamava ao chegar em casa: "Ai, meus
pé... Ai, meus calo".
Os anos 80 foram de altos e baixos. Mas
1990 terminou bem com a estréia de
"Barriga de Aluguel". Glória Perez colocou no ar 243 capítulos (11 meses de duração) de luta entre Ana (Cássia Kiss), a
mãe biológica, e Clara (Cláudia Abreu), a
mãe de aluguel.
Mobilização assim só dois anos depois
com o "remake" de "Mulheres de Areia".
Sucesso na Tupi, em 73, a novela foi produzida na Globo com Glória Pires vivendo as diferentes gêmeas Ruth e Raquel,
com direito a efeitos especiais nunca vistos até então.
(SIMONE MAGALHÃES)
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