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São Paulo, domingo, 04 de maio de 2003

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Horário já teve suas campeãs

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Num belo vestido lilás, Aurélia (Norma Blum) jura vingança ao ex-noivo, Fernando (Cláudio Marzo), que a havia trocado por uma ricaça. Foram 79 capítulos de um casamento cheio de humilhações, mas o amor venceu. E o horário das seis, então recém-criado na Globo, também.
Aurélia era a "Senhora" da novela de Gilberto Braga, adaptada da obra de José de Alencar em 1975.
O horário conheceu ainda outras campeãs de audiência: "Escrava Isaura" (76), "Dona Xepa" (77), "Barriga de Aluguel" (90) e "Mulheres de Areia" (93). Mesmo sem poder comparar os números -o Ibope mudou seus critérios de medição-, todas elas tiveram picos comemorados pela Globo na época.
Até hoje Lucélia Santos corre mundo relembrando a sua escrava, e Rubens de Falco é chamado de Leôncio na rua quando não houve alguém cantarolar a música da novela: "lê rê lê rê/ lê rê lê rê/lê rê". Mais de 80 países já viram.
Yara Cortes (1921-2002) ficou famosa como dona Xepa, a feirante inculta que sofria para dar vida boa aos dois filhos e reclamava ao chegar em casa: "Ai, meus pé... Ai, meus calo".
Os anos 80 foram de altos e baixos. Mas 1990 terminou bem com a estréia de "Barriga de Aluguel". Glória Perez colocou no ar 243 capítulos (11 meses de duração) de luta entre Ana (Cássia Kiss), a mãe biológica, e Clara (Cláudia Abreu), a mãe de aluguel.
Mobilização assim só dois anos depois com o "remake" de "Mulheres de Areia". Sucesso na Tupi, em 73, a novela foi produzida na Globo com Glória Pires vivendo as diferentes gêmeas Ruth e Raquel, com direito a efeitos especiais nunca vistos até então.
(SIMONE MAGALHÃES)


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