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MUDANÇA
Vice-presidente diz que o canal busca uma identidade com os novos programas
Meta da Band é passar a Record "rapidamente"
RODRIGO RAINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A BAND quer ser mais popular e
"agressiva" na briga pela audiência,
segundo o novo vice-presidente da emissora, o jornalista Marcelo Parada,41.
Após dirigir as rádios Eldorado (93 a 97)
e Bandeirantes (97 a 2002), ele chegou ao
comando de uma rede de TV com identidade reformulada, obra do ex-diretor
de programação Rogério Gallo, durante
2001 e 2002.
Qual é o seu principal objetivo?
Vamos seguir na trilha do popular e seremos mais agressivos na briga pela audiência. Desde que a Band deixou de ser
o "canal do esporte" [em julho de 99", ela
vem conquistando um público feminino
e mais consistente.
A emissora perdeu identidade?
Em função da prioridade ao esporte,
não foi fácil mudar o rumo. Em alguns
momentos, transmitimos essa impressão de crise de identidade. Mas, internamente, não tivemos dúvida de seguir no
rumo da popularização.
E qual é a imagem da Band hoje?
Temos dois pilares definidos: jornalismo e entretenimento. Queremos mostrar conteúdo de interesse direto do cidadão. Vamos sair dos grandes centros e
apresentar o que acontece no interior do
país, um lado quase ignorado pela TV,
[com reportagens e transmissões" em regiões das nossas emissoras e afiliadas.
Teremos programas para a família.
A Band tornou sua programação popular em pouco tempo. Há a intenção de voltar a atingir a elite?
A orientação de João Carlos Saad [presidente do Grupo Bandeirantes" é clara:
programas para as elites estão no Canal
21; atrações populares, para as massas,
estão na Band. Não vamos partir para a
apelação. A programação é popular, mas
com qualidade, de interesse amplo.
A emissora vai reformular a faixa da noite, com as estréias de "Claquete", com
Otávio Mesquita, "Boa Noite, Brasil", de
Gilberto Barros, e Roberto Cabrini no
"Jornal da Noite". Qual é o objetivo?
Passar rapidamente a Record e chegar
ao terceiro lugar na audiência. O próximo passo é a reformulação do domingo
[com estréias de "Tela Cheia", com José
Luiz Datena e Jorge Kajuru, "Bem Me
Quer", com Marcia Goldschmidt, e o jornalístico "60 Minutos"". Não podemos
nos sentir acuados, os adversários dominicais são fortes, mas temos condições
de brigar.
Há algum novo projeto na manga?
Sim, vamos transmitir eventos esportivos e de moda de Gramado e Campos do
Jordão, ao vivo e com reportagens gravadas, para fazer um grande inverno.
Haverá um desmonte das realizações da
gestão de Rogério Gallo?
Não sigo a trilha do Gallo. Sigo a trilha
do Saad. O pai da criança é ele. Quero
tornar a Band mais competitiva e sintonizada com o espectador, com espírito
de equipe, lealdade e cumplicidade.
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