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São Paulo, domingo, 04 de maio de 2003

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MUDANÇA

Vice-presidente diz que o canal busca uma identidade com os novos programas

Meta da Band é passar a Record "rapidamente"

RODRIGO RAINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A BAND quer ser mais popular e "agressiva" na briga pela audiência, segundo o novo vice-presidente da emissora, o jornalista Marcelo Parada,41. Após dirigir as rádios Eldorado (93 a 97) e Bandeirantes (97 a 2002), ele chegou ao comando de uma rede de TV com identidade reformulada, obra do ex-diretor de programação Rogério Gallo, durante 2001 e 2002.

 
Qual é o seu principal objetivo?
Vamos seguir na trilha do popular e seremos mais agressivos na briga pela audiência. Desde que a Band deixou de ser o "canal do esporte" [em julho de 99", ela vem conquistando um público feminino e mais consistente.
A emissora perdeu identidade?
Em função da prioridade ao esporte, não foi fácil mudar o rumo. Em alguns momentos, transmitimos essa impressão de crise de identidade. Mas, internamente, não tivemos dúvida de seguir no rumo da popularização.
E qual é a imagem da Band hoje?
Temos dois pilares definidos: jornalismo e entretenimento. Queremos mostrar conteúdo de interesse direto do cidadão. Vamos sair dos grandes centros e apresentar o que acontece no interior do país, um lado quase ignorado pela TV, [com reportagens e transmissões" em regiões das nossas emissoras e afiliadas. Teremos programas para a família.
A Band tornou sua programação popular em pouco tempo. Há a intenção de voltar a atingir a elite?
A orientação de João Carlos Saad [presidente do Grupo Bandeirantes" é clara: programas para as elites estão no Canal 21; atrações populares, para as massas, estão na Band. Não vamos partir para a apelação. A programação é popular, mas com qualidade, de interesse amplo.
A emissora vai reformular a faixa da noite, com as estréias de "Claquete", com Otávio Mesquita, "Boa Noite, Brasil", de Gilberto Barros, e Roberto Cabrini no "Jornal da Noite". Qual é o objetivo?
Passar rapidamente a Record e chegar ao terceiro lugar na audiência. O próximo passo é a reformulação do domingo [com estréias de "Tela Cheia", com José Luiz Datena e Jorge Kajuru, "Bem Me Quer", com Marcia Goldschmidt, e o jornalístico "60 Minutos"". Não podemos nos sentir acuados, os adversários dominicais são fortes, mas temos condições de brigar.
Há algum novo projeto na manga?
Sim, vamos transmitir eventos esportivos e de moda de Gramado e Campos do Jordão, ao vivo e com reportagens gravadas, para fazer um grande inverno.
Haverá um desmonte das realizações da gestão de Rogério Gallo?
Não sigo a trilha do Gallo. Sigo a trilha do Saad. O pai da criança é ele. Quero tornar a Band mais competitiva e sintonizada com o espectador, com espírito de equipe, lealdade e cumplicidade.



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