São Paulo, domingo, 4 de outubro de 1998

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MÚSICA E JORNALISMO
CNN entrevista músicos brasileiros


Programa jornalístico sobre música do canal pago vem ao Brasil falar com artistas locais


ALEXANDRE MARON
enviado especial ao Rio

Conhecer a música brasileira e escapar dos estereótipos que marcaram sua imagem nas últimas décadas. É a meta de equipe do "World Beat", que veio ao país gravar reportagens com artistas locais.
O canal pago CNN exibe o programa sobre o Brasil no próximo sábado, dia 10, às 19h30. O "World Beat" é um jornalístico semanal mundial do gênero e busca mostrar os diferentes estilos e ritmos que existem em todo o planeta.
A apresentadora, Brooke Alexander, desembarcou no Rio de Janeiro no dia 26 de setembro disposta a sentir o clima da cidade e entender a forma brasileira de se fazer música.
Um dia antes, o produtor Frank Pacella e a repórter Deb Daugherty chegaram a São Paulo para entrevistar Arnaldo Antunes, Lenine, Mestre Ambrósio e Chico César. No Rio, a equipe falou com Ney Matogrosso, Djavan, Negritude Jr. e Marisa Monte.
Todos contam suas experiências e revelam um pouco da história e do cenário atual da música no Brasil.
"Estamos tentando entender como os estilos da música brasileira se relacionam. Ficamos impressionados com a forma como as lendas como Chico Buarque e Gilberto Gil são respeitadas pelas novas gerações sem que tenha havido uma estagnação", analisa Pacella.
A equipe de produção do programa que desembarcou no Brasil não conhecia muito sobre a música do país. Mas contou com a ajuda de Daugherty. Ela morou no Brasil há 20 anos e fala português fluentemente.
"Acho que, por não conhecermos a música local, temos uma inocência positiva para o programa, nos ajuda a fazer perguntas mais interessantes", afirmou Brooke Alexander.
Mas, exatamente por causa dessa inocência, a equipe quase qualificou Arnaldo Antunes, um dos fundadores dos Titãs, banda com mais de 15 anos de carreira, como uma revelação.
Uma das marcas das reportagens feitas pela equipe do "World Beat" no Brasil é fugir das salas confortáveis e dos estúdios. Lenine e Mestre Ambrósio, por exemplo, foram levados a tocar suas músicas nas ruas da cidade de São Paulo.
"O mais importante é que os brasileiros têm uma cultura musical diversificada que é fortemente ligada às suas raízes e da qual têm um grande orgulho. Eles gostam e querem mostrá-la para o mundo", conclui Pacella.



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