São Paulo, domingo, 5 de abril de 1998

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QUEM TEM GLOBO TEM QUASE TUDO
Quadro não estréia no "Fantástico"

da Sucursal do Rio

Apesar de ter sido anunciado como uma das atrações da programação de 98 da Rede Globo, o quadro "Fora do Ar", que Marcelo Tas apresentaria no "Fantástico", não foi exibido e, segundo a diretoria da emissora, não há previsão da data de estréia.
"A informação que eu tenho é que o projeto ainda está sendo avaliado. O piloto foi aprovado, mas falta definir onde ele se encaixa melhor, se no "Fantástico' ou em outro espaço da programação", disse Marcelo Tas.
Mesmo assim, o quadro continua sendo gravado: na última semana foi concluído o quinto episódio, e dois já estão finalizados.
"Se eles continuam investindo, estão nos dando todas as condições de trabalho, é por que estão apostando no projeto. Considero natural a demora na aprovação, já que nossa proposta é nova. Foi assim com o "TV Pirata', com o "Brasil Legal' e outros que apresentavam uma linguagem diferente daquela à qual o público estava acostumado", disse Tas.
Em "Fora do Ar", Tas pretende fazer um mix de jornalismo, efeitos visuais e humor, atuando como apresentador, repórter e cientista. Ele contou que a idéia é lançar um novo olhar sobre o noticiário, "mostrar o que as câmeras não mostraram".
No quadro que deveria ter ido ao ar no último domingo, Tas questiona se é possível fabricar um político. Para tanto, a equipe apresentou o teleprompter (equipamento colocado diante da câmera que reproduz textos, permitindo que os apresentadores de televisão possam ler sem desviar os olhos) ao público e fez uma espécie de laboratório com pessoas comuns em cenário montado na rua.
Depois de intervenções da equipe de figurino e maquiagem, orientações de um professor de dicção e maquiagem e uma aula de como se usa o equipamento, Tas criou vários políticos em pouco tempo. Valéria "Globeleza" Valenssa foi transformada em comentarista de economia e deu uma aula de globalização apenas lendo o teleprompter.
Pedro Bial, apresentador do "Fantástico", também foi focalizado utilizando o equipamento. Essa teria sido uma das brincadeiras que descontentaram a direção do programa com o novo quadro.
"Não acredito que esse seja o motivo. Usar o teleprompter não desmerece ninguém. A maioria dos profissionais de televisão utiliza, eu sou um deles", disse Tas.
(ANNA LEE)



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