RODRIGO BERTOLOTTO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY

OS NÚMEROS não deixam dúvidas: a Olimpíada de Sydney terá a maior cobertura de TV da história. Para começar, foi montado um centro de televisão de proporções nunca antes vistas em uma Olimpíada, o IBC (sigla para International Broadcast Centre). O prédio de 70 mil metros quadrados, em pleno Parque Olímpico, abrigará uma população total de 15 mil pessoas.

Esses habitantes -na maioria profissionais de TV e equipes técnicas- terão 400 monitores de televisão à disposição e poderão chegar aos locais de competições por acessos exclusivos: eles chegam ao Estádio Olímpico por uma ponte e ao ginásio Superdome por um túnel.
Para transmitir toda a informação gerada e editada no prédio do IBC, há uma torre de 22 metros de altura, além de uma verdadeira fazenda de satélites ("sattelite farm"), com 15 deles. O local é conectado por 300 quilômetros de cabos, mais de sete vezes a distância percorrida em uma maratona (42,195 km).
No interior do prédio, há 35 estúdios e 1.600 salas reservadas para os canais. Para manter essas salas trancadas, há 1.500 portas. O prédio abriga ainda 3.400 aparelhos de telefone e 35 mil metros quadrados de carpete.
A estimativa é de que serão geradas 3.200 horas de transmissão ao vivo de competições esportivas, utilizando mais de 900 câmeras.
A rede norte-americana NBC é a responsável pela geração de imagem, mas outras 200 TVs do mundo todo terão repórteres em Sydney.
Os canais brasileiros Globo, Sportv, ESPN Brasil e Bandeirantes vão exibir as competições -o SBT também comprou os direitos, mas ainda não acertou como usará as imagens e não incluiu a Olimpíada em sua grade de programação.
Entre todos os números decorrentes da Olimpíada de Sydney, o mais impressionante é o de espectadores. Os organizadores dos Jogos estimam que 30 bilhões de pessoas acompanharão os eventos que acontecerão nos subúrbios da cidade australiana.


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