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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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CONTRA-ATAQUE

Band escala a dupla contra Faustão e Gugu

Kajuru e Datena na guerra do domingo

DA REPORTAGEM LOCAL

OS RECÉM -contratados da Band Jorge Kajuru, 42, apresentador do "Esporte Total" (12h e 20h), e José Luiz Datena, 45, âncora do "Brasil Urgente" (18h), estréiam em junho o dominical "Tela Cheia", das 18h às 20h30. Eles dizem que a produção é "um sonho antigo" dos dois, amigos há mais de 30 anos.(RODRIGO RAINHO)


Como surgiu a idéia de apresentar um dominical?
Datena -
Conheci o Kajuru com 15 anos de idade. Começamos no rádio juntos, em Ribeirão Preto. A idéia de fazer um dominical conosco partiu de Marcelo Carvalho, da Rede TV!. Somos uma dupla como o Pelé e o Coutinho.
Kajuru - Depois veio a idéia do nome: "tela" vem da frase "Põe na tela.", do Datena, e "cheia" de gordo (risos).

Como será o "Tela Cheia"?
Datena -
Quanto mais liberdade tivermos, melhor. Faremos uma mistura de jornalismo e entretenimento. A idéia é aproveitar a espontaneidade do rádio.
Kajuru - O Faustão fazia o "Perdidos na Noite" [Band, 1986-88] à vontade. Gostamos daquilo. O "Tela Cheia" será uma mistura de jornalismo ao vivo com "Perdidos"; da irreverência do Flávio Cavalcanti com a espontaneidade do "Clube dos Esportistas" [programa de Silvio Luiz exibido na Record entre 1982-86].

O programa terá quadros diferentes?
Datena -
Vamos ter um quadro só para porrada, o "Brasil do Mal", com comentários sobre o fato da semana. Mostraremos também o lado positivo: o quadro "Brasil do Bem". Vamos exibir shows musicais e reportagens com helicóptero. A idéia é integrar a rede utilizando os apresentadores.
Kajuru - O factual jornalístico será feito pelo Datena. Eu fiquei com a parte do entretenimento, que o Faustão fazia.

Quais são as metas?
Datena -
O "No Vermelho" atingiu picos de sete pontos de frente com o "Domingão" e o "Domingo Legal". Mas o Dennis Munhoz [presidente da Record] decidiu me afastar. É um péssimo presidente. A Record deu uma Ferrari a um piloto de autorama. Nosso objetivo na Band não é bater os concorrentes, mas atingir uma boa média após um ano.
Kajuru - Queremos ser uma alternativa, dar espaço a gente que não tem acesso. Os dominicais da Globo e do SBT levam os mesmos convidados e cantores.

Como pretendem aliar o popular à qualidade, sem baixaria?
Datena -
Para dar ibope, não precisamos socar as pessoas. Essas bobagens de pegadinhas tomam o lugar de bons profissionais. O povo gosta de coisa boa.
Kajuru - Não podemos perder a nossa credibilidade. A cara da Band é o popular, sem o popularesco.

OUTRO LADO: O presidente da Record, Dênis Munhoz, não quis responder à crítica feita por José Luiz Datena


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