São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 1998

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FIM DE ANO 2
Bandeirantes filma "Contos de Natal" e Record grava "A História de Ester" como se fosse cinema
TVs investem em dramaturgia

da Reportagem Local

A Bandeirantes investiu em dramaturgia neste fim de ano e exibe nos dias 15, 16 e 17, às 21h40, seus "Contos de Natal", dirigidos por Del Rangel e rodados em película.
O núcleo de teledramaturgia da emissora foi reativado neste ano com a produção da novela "Serras Azuis", sob o comando de Nilton Travesso, atual diretor-geral da emissora.
Serão apresentadas cinco histórias, duas das quais roteiros originais de Ana Maria Moretzsohn e Rosangela Petta. As outras três são adaptações feitas por Moretzsohn e Rangel, que é diretor de teledramaturgia da emissora.
Na terça, dia 15, serão exibidos "Oração", "Amor Incondicional", baseados em histórias de domínio público, e "Negócio de Menino com Menina", baseado em conto de Ivan Angelo.
"Minha história tinha apenas uma cena. O Del a ampliou", explica Angelo.
Na quarta, dia 16, é a vez de "Natal para Dois", escrito pela jornalista Rosangela Petta. Ela define a história como uma comédia dramática.
O terceiro conto, escrito por Moretzsohn, é "Sinal dos Tempos". Segundo a autora, a proposta dos programas era ter o Natal como tema sem o que ela definiu como "histórias chorosas convencionais".
Produzir "Contos de Natal" em película não foi fácil. "O Del é um "trator'. Tinha poucos recursos, mas conseguiu sensibilizar a equipe. Os atores trabalharam por um cachê simbólico", conta Moretzsohn.
O diretor reduziu os custos de produção de cada conto para cerca de R$ 23 mil por filme. Mais barato que um capítulo de "Serras Azuis", que custava perto de R$ 40 mil.
Para alcançar esse nível de economia, reutilizou cenários de "Serras". Um agravante no processo foi o fato de que, durante todo o tempo de produção dos contos, Rangel dirigia simultaneamente os primeiros capítulos de "Meu Pé de Laranja Lima", que estreou na Band na última segunda-feira.
A iniciativa da emissora de filmar as histórias em 35mm é um investimento num mercado até aqui dominado pela Globo. "Esse projeto abre um mercado de mais qualidade em que os roteiros são o mais importante", conclui Petta. (ALEXANDRE MARON)


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