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FIM DE ANO 2
Bandeirantes filma "Contos de Natal" e Record grava "A História
de Ester" como se fosse cinema
TVs investem em dramaturgia
da Reportagem Local
A Bandeirantes investiu
em dramaturgia neste fim
de ano e exibe nos dias 15,
16 e 17, às 21h40, seus
"Contos de Natal", dirigidos por Del Rangel e rodados em película.
O núcleo de teledramaturgia da emissora foi reativado neste ano com a
produção da novela "Serras Azuis", sob o comando de Nilton Travesso,
atual diretor-geral da
emissora.
Serão apresentadas cinco
histórias, duas das quais
roteiros originais de Ana
Maria Moretzsohn e Rosangela Petta. As outras
três são adaptações feitas
por Moretzsohn e Rangel,
que é diretor de teledramaturgia da emissora.
Na terça, dia 15, serão
exibidos "Oração",
"Amor Incondicional",
baseados em histórias de
domínio público, e "Negócio de Menino com Menina", baseado em conto
de Ivan Angelo.
"Minha história tinha
apenas uma cena. O Del a
ampliou", explica Angelo.
Na quarta, dia 16, é a vez
de "Natal para Dois", escrito pela jornalista Rosangela Petta. Ela define a história como uma comédia
dramática.
O terceiro conto, escrito
por Moretzsohn, é "Sinal
dos Tempos". Segundo a
autora, a proposta dos
programas era ter o Natal
como tema sem o que ela
definiu como "histórias
chorosas convencionais".
Produzir "Contos de
Natal" em película não foi
fácil. "O Del é um "trator'. Tinha poucos recursos, mas conseguiu sensibilizar a equipe. Os atores
trabalharam por um cachê
simbólico", conta Moretzsohn.
O diretor reduziu os custos de produção de cada
conto para cerca de R$ 23
mil por filme. Mais barato
que um capítulo de "Serras Azuis", que custava
perto de R$ 40 mil.
Para alcançar esse nível
de economia, reutilizou
cenários de "Serras". Um
agravante no processo foi
o fato de que, durante todo
o tempo de produção dos
contos, Rangel dirigia simultaneamente os primeiros capítulos de "Meu Pé
de Laranja Lima", que estreou na Band na última
segunda-feira.
A iniciativa da emissora
de filmar as histórias em
35mm é um investimento
num mercado até aqui dominado pela Globo. "Esse
projeto abre um mercado
de mais qualidade em que
os roteiros são o mais importante", conclui Petta.
(ALEXANDRE MARON)
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