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São Paulo, domingo, 16 de março de 2003

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Al-Jazeera promete o outro lado

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

Se 90% das informações televisivas sobre a possível guerra virão praticamente de uma mesma fonte noticiosa, há uma pequena emissora azarona que quer garantir o acesso do mundo ocidental ao "outro lado".
Trata-se da Al-Jazeera, a "CNN do Oriente Médio", que transmite do mesmo minúsculo país árabe que os EUA escolheram para montar o centro de suas operações, o Qatar.
"Podemos competir preenchendo o espaço de informação que falta, oferecendo uma perspectiva do mundo árabe e do ponto de vista do Iraque", disse Joanne Tucker, responsável pelos projetos de língua inglesa do canal.
Exclusividade parece ser mesmo a tônica da Al-Jazeera. Tem sido assim com os pronunciamentos supostamente feitos pelo terrorista saudita Osama bin Laden, adquiridos pela rede e licenciados para o resto do mundo.
CNN e ABC já são freguesas assíduas da Al-Jazeera, fundada pela família de um emir do Qatar, o xeque Hamad bin Khalifa Al Thani, que desembolsou US$ 137 milhões na criação da emissora.
Com um orçamento anual em torno de US$ 10 milhões, a rede lança um site em inglês ainda neste mês e, até o final de 2004, a versão inglesa deverá ir ao ar via satélite.
O canal também tem se esmerado em ser independente em relação aos temas polêmicos do Oriente Médio. Um exemplo é o programa "The Opposite Direction" (A Direção Oposta), no qual dois representantes de facções divergentes debatem temas como a normalização das relações com Israel ou a abolição da poligamia no mundo árabe. (ALESSANDRA VITÓRIA)


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