São Paulo, Domingo, 18 de Abril de 1999
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Sem a grande audiência das grandes redes da TV aberta e muito mais acessíveis que os canais da TV paga, Canal 21, Rede Vida, MTV, CBI e Rede Mulher são canais de UHF que, com cinco propostas diferentes, tentam conquistar uma audiência maior em seus segmentos oferecendo música, ofertas, notícias, orações e dicas para o lar. Saiba um pouco mais sobre suas programações e seus astros
As criaturas do UHF

Otávio Dias de Oliveira/Folha Imagem
(da esq. para dir.) Solange Frazão, da Rede Mulher, Antonio Carlos Ferreira, da Rede Vida, Maria Cristina Poll, do Canal 21, Soninha, VJ da MTV e Paulo Veroneze, do CBI


ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local

Eles têm jeito de canal pago, por serem segmentados, mas podem ser sintonizados em qualquer lar de São Paulo. São os canais abertos da banda UHF, que cada vez conquistam um maior número de telespectadores.
MTV (canal 32), Canal 21, CBI (16), Rede Mulher (42) e Rede Vida (40), os cinco canais atualmente disponíveis, têm menos de uma década de existência e apresentam propostas completamente diferentes, mostrando apresentadores e personalidades que traduzem suas intenções (leia textos nesta página).
A Rede Vida, apoiada pela Igreja Católica, e o Canal 21, uma emissora "filha" da Rede Bandeirantes, não se consideram estritamente segmentados.
O 21 já quer enfrentar as grandes emissoras como Globo, Record e SBT, após conseguir índices de audiência consideráveis com a cobertura da máfia das propinas em São Paulo.
Os dois canais afirmam que suas programações são ecléticas, feitas para agradar a todos os públicos, com programas jornalísticos, debates e filmes.
Os outros três canais são mesmo bem segmentados. A CBI ocupa 22 horas de sua programação com o programa "Shop Tour", um telecompras que anuncia todo tipo de produto, desde eletrodomésticos a aviões para executivos.
A MTV busca o público jovem com clipes, atrações musicais, programas de debate e desenhos animados. Já a Rede Mulher, oferece, é claro, programação voltada ao público feminino. A emissora foi comprada pela Rede Família, ligada ao bispo Edir Macedo, e deverá sofrer mudanças em sua programação a partir do próximo mês.

Audiência
Essas emissoras têm uma audiência considerada baixa, mas elas já possuem cobertura nacional, sendo distribuídas em pacotes de TV por assinatura e sintonizadas por meio de antenas parabólicas.
A audiência da Rede Vida passou a ser medida pelo Ibope junto com as outras emissoras abertas, ao lado da MTV, e do Canal 21. CBI e Rede Mulher não são pesquisadas.
As emissoras ainda estão na fase de comemorar quando conseguem alcançar um ponto de audiência no Ibope, cerca de 80 mil telespectadores na Grande São Paulo, mas lembram que, embora seu sinal chegue a quase todo o Brasil, nem todos os televisores recebem o sinal UHF.
Para sintonizar a banda UHF, os canais acima do número 14 das TVs, o espectador que não tem um televisor já adaptado deve instalar uma das antenas encontradas em lojas de artigos eletrônicos.
"O UHF só tem uma audiência reduzida porque poucas televisões vêm adaptadas de fábrica", conclui Fernando Alonso, diretor da Rede Mulher.


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