São Paulo, Domingo, 20 de Junho de 1999
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Projetos também incluem sitcoms

da Reportagem Local

Um hotel com vários núcleos e um projeto que imite histórias em quadrinhos são os novos humorísticos que se encaixam, segundo seus diretores, no gênero de comédias de costumes.
O hotel é um projeto das produtoras Câmera 5 e GPM Produções e da Cooperativa de Artistas Unidos -todos da "Escolinha do Barulho", da Record.
"Haverá um núcleo fixo e um elenco rotativo de 25 pessoas", diz Homero Sal-les, diretor da "Escolinha" e responsável pelo projeto.
Segundo ele, o programa lembra os antigos "Família Trapo" e "Balança, Mas Não Cai", porém enfrenta custos altos. "É uma produção muito cara, mas estamos trabalhando em cima das planilhas para reduzir isso. Teremos uma reunião com a Record para ver se ela encampa o projeto." Parte do elenco da "Escolinha do Barulho" estará nesse projeto, mas o nome ainda não está definido.
"Família Buscapé" deve começar a ser gravada em 60 dias. O projeto terá roteiro de Wilson Rocha ("Sítio do Pica-Pau Amarelo") e Márcio Tavolari, que será o diretor-geral.
A idéia de Tavolari é resgatar as histórias de L'il Abner, batizado no Brasil de Ferdinando, criadas por Al Capp. Nos anos 30, esses quadrinhos começaram a contar a história do caipira Abner/Ferdinando: belo e musculoso, porém estúpido, que vivia com seus pais.
Apesar do nome, a "Família Buscapé" terá pouco em comum com o desenho de Hanna-Barbera.
"Será uma livre adaptação do clássico de Al Capp, com a estética dos desenhos e quadrinhos. Os personagens não mudarão de roupa, usarão perucas, e vamos abusar das cores absurdas e onomatopéias visuais", afirma Tavolari, que pretende gravar 30 episódios até o final do ano e estrear em 2000 numa TV aberta ainda não definida.
No elenco, 50% será formado por "caras novas" e haverá sempre um convidado -como um ator de "Chaves", que participará do primeiro episódio.
Segundo Tavolari, cada episódio custará US$ 150 mil. Apesar do custo elevadíssimo, o projeto tem uma estratégia audaciosa. "Não haverá patrocinadores, mas parceiros que terão o direito de licenciar de acordo com seu ramo de atividade. Com o seriado no ar, o custo cai para US$ 25 mil", explica.
O projeto está sendo executado pela BCM Produções e Merchandising, de Beto Carrero, além de outra produtora, uma finalizadora e uma empresa licenciadora.


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