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"Ilha Rá-Tim-Bum" educa com ecoaventura
Roteirista Flávio de Souza vai misturar ecologia com tramas infanto-juvenis
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DA REPORTAGEM LOCAL
APÓS longa espera, parece que finalmente o seriado "Ilha Rá-Tim-Bum" sairá do forno e chegará à tela. A
série, idealizada pela TV Cultura há cerca
de dois anos, tem estréia marcada para o
início de 2001 na emissora.
Segundo o roteirista Flávio de Souza,
que está escrevendo a série, o clima agora
está mais para uma aventura infanto-juvenil de cunho ecológico do que para
uma atração didática voltada para o público pré-escolar, como foram as séries
que a antecederam, respectivamente,
"Rá-Tim-Bum" e "Castelo Rá-Tim-Bum", dirigidas a crianças entre três e
seis anos.
"O "Rá-Tim-Bum" e o "Castelo Rá-Tim-Bum" vieram para suprir a carência da
pré-escola. O "Ilha" não precisa ter conteúdo curricular. Mas não deixaremos o
tom educativo de lado. O lado instrutivo
da trama surge quando um grupo de jovens chega a uma ilha e faz uma série de
burradas, como desviar o curso de um
rio e jogar o lixo no mar", afirma Souza.
A ilha será cenário não só de dicas ecológicas, mas também a morada de um
grupo de criaturas bizarras, como um casal de cangurus cujo macho e a fêmea podem gerar filhos, seres meio-lagartos e
meio-humanos e uma cobra falante.
Segundo o diretor-geral da série, Hugo
Prata, "Ilha" deve usar vários recursos
tecnológicos. "Estamos até pensando em
criar um personagem virtual. Outros
personagens podem ser reservados a
atores, bonecos articulados ou a animações de computador."
O não-compromisso da série com o estilo meramente didático se deve a ela visar outro público-alvo, diz Souza. "A faixa etária que queremos atingir, crianças
entre 7 e 12 anos, é mais avançada do que
a do "Castelo". Mas o "Rá-Tim-Bum" sempre acerta fora do alvo. Tomara que os
adultos também gostem da série."
Flávio de Souza atualmente conclui o
terceiro episódio do seriado. Inicialmente, está prevista uma temporada com 26
capítulos, que serão exibidos de segunda
a sexta. Caso o "Ilha" obtenha o sucesso
esperado, serão escritos e produzidos
episódios para mais três temporadas.
Souza assumiu o texto em substituição
a Anna Muylaert, que já havia escrito 20
episódios. "Preferi começar do zero e
imprimir meu estilo. Coloquei muito humor, não sei trabalhar de outro jeito",
diz. (BRUNO GARCEZ)
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