São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Eu gosto de tiroteio"

DA REDAÇÃO

No início do mês, o cinegrafista da Band Júnior Alves virou notícia: ele ficou encurralado no meio de um tiroteio durante gravação no morro do Querosene, no Rio.
Em entrevista ao TV Folha, ele relembra o episódio. (RR)

Como aconteceu o tiroteio?
Em 13 anos de carreira, essa foi a pior situação. Subi o morro com a polícia. Encontramos um vagabundo armado, que deu tiros na gente. Todos se jogaram no chão. Fui atrás dos policiais, mas batemos de frente com mais cinco bandidos armados com fuzis. As rajadas eram tão grandes que pedaços de cimento e cápsulas batiam na gente. Os policiais atiravam também. Ficamos cercados. Pensei: agora vamos morrer. A sorte foi que liguei para a Band, que avisou à polícia.
Você já tinha vivido algo parecido?
Várias vezes. Eu gosto de tiroteio, de estar no meio. É minha especialidade, me dá prazer.
Vale a pena correr tantos riscos?
Pensando só no salário, não. Mas é emocionante, vivemos cenas de cinema. Adoro minha profissão. Acho que até ajudo a polícia. Mas depois que vi a gravação, percebi o perigo que passei. Me arrisquei pra caramba.



Texto Anterior: Polícia desaprova presença de equipes de TV
Próximo Texto: NY TV: Uma noite com os ganhadores do Emmys
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.