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Cerca de 250 integrantes de entidades e partidos políticos planejam aproveitar a manifestação que reivindica o pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), prevista para amanhã, em Brasília-DF, para repudiar a construção de mais uma praça de pedágio na via Dutra.
O grupo, formado por 15 entidades, pelo PSTU e o PT, conclui hoje a coleta de assinaturas contra o pedágio e sai de Jacareí às 8h de amanhã em um comboio de cinco ônibus até o Ministério dos Transportes.
O grupo espera levar cerca de 10 mil assinaturas para o ministro Eliseu Padilha (Transportes), pedindo o fim do pedágio.
As assinaturas serão entregues ao ministro pelo deputado federal Aloísio Mercadante (PT).
O vereador José Carlos Diogo (PT), da bancada governista, se reuniu anteontem com associações de moradores para pedir apoio a outra manifestação, programada para o dia 29 deste mês.
Segundo o vereador, as entidades contrárias ao funcionamento do pedágio pretendem entrar com uma ação contra a concessionária NovaDutra.
Outra ação já havia sido movida contra a concessionária no ano passado. A prefeitura chegou a obter uma liminar que suspendeu as obras, mas o Tribunal de Justiça derrubou a decisão.

"Muro de Berlim"
A vereadora Rose Gaspar (PT), que vai aderir à manifestação, argumenta que a construção do pedágio é ilegal porque tira do cidadão o direito de ir e vir.
"A NovaDutra fala do pedágio como se isso fosse um presente para a cidade, mas nós não queremos esse presente", disse a vereadora.
Segundo ela, a construção do pedágio fará com que alguns motoristas busquem desvios perigosos, como a antiga Rio-São Paulo, estrada que dá acesso a Jacareí, passando pelo distrito de São Silvestre.
"O número de acidentes nessa estrada vai aumentar. A rodovia é esburacada, mal sinalizada e não pode comportar tráfego intenso", disse.
"A NovaDutra garantiu que vai controlar rotas de fuga, mas como? Vai construir um muro de Berlim em Jacareí para obrigar motorista a pagar pedágio?"

Proposta negada

A NovaDutra planeja construir cabines em três pontos estratégicos da cidade para impedir que os motoristas evitem o pedágio.
Ainda assim, o prefeito Marco Aurélio (PT) só aceita negociar com a Nova Dutra após a paralisação das obras, que estão em andamento.


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