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FÁBIO SOARES
Contas equilibradas
A PÓS DEZ rodadas, o
equilíbrio marca o Campeonato Paulista. Até ontem, a
diferença entre São Paulo, líder,
e Matonense, último, era de 11
pontos, com 15 ainda em jogo,
ou seja, o time de Matão poderia desbancar o tricolor.
Uma hipótese mais factível e
não menos inusitada é o Palmeiras terminar a 11ª rodada
na lanterna. Com 12 pontos, o
Palestra enfrenta um Santos sedento por sobrevida na competição. Se perder, pode ser ultrapassado por Inter, Mogi Mirim e
Matonense. Apenas um ponto
atrás do Palmeiras, Inter e Mogi
jogam em casa contra times do
mesmo nível -Portuguesa Santista e União São João-, respectivamente. A Matonense tem
uma parada mais difícil diante
do Guarani no Brinco de Ouro.
Afora o equilíbrio de forças, já
são possíveis algumas conclusões acerca do campeonato. Primeiro: está melhor do que o de
2000, apesar do pior nível técnico dos grandes, principalmente
devido ao cumprimento do calendário, com partidas só aos finais de semana.
Segundo: mesmo sem estar lá
essas coisas, o São Paulo apresenta o futebol mais vistoso até
agora e desponta como favorito
ao título. Por fim, o mais importante: o interior vai estar na semifinal com, no mínimo, a Ponte Preta. Pelo Rio Branco não
ponho minhas mãos no fogo.
Na Série B-2 a choradeira é geral. E com razão. A Federação
Paulista de Futebol reduziu pela
metade a cota de R$ 4.000 paga
aos clubes por partida. Resultado: Campinas e Osan, de Indaiatuba, se licenciaram alegando prejuízo certo. Na divisão
de elite foi mantida a cota dos
chamados grandes. Em 2000 recebiam R$ 600 mil por mando
de jogo, agora ganham R$ 300
mil por partida. Empata.
Esse tipo de corte só reforça a
visão de Robin Hood às avessas
que tenho do senhor Farah.
E-mail:fluiz@folhasp.com.br
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