São José dos Campos, Sábado, 05 de Fevereiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LEGISLATIVO
Decisão ocorre no mesmo dia em que entidades ligadas à construção civil pedem impugnação
Jorley suspende edital de novo prédio

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
editor-assistente interino da Folha Vale

O presidente da Câmara de São José dos Campos, Jorley Amaral (PFL), suspendeu ontem, quando foi pedida a impugnação do edital da licitação, a concorrência aberta para a construção do novo prédio da Casa.
Com a suspensão, ficou adiada a primeira fase da licitação, de habilitação das empresas, que estava marcada para a próxima quinta-feira.
O edital da obra, de R$ 5,6 milhões, está sendo contestado pela Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), pelo IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e pela Associação dos Engenheiros de São José dos Campos.
No início da tarde de ontem, as entidades protocolaram um pedido de impugnação do edital, alegando irregularidades que cerceariam a concorrência.
São questionados 22 pontos do edital, entre eles a falta de abertura para consórcios de empresas e o suposto excesso de exigências financeiras e técnicas.
O presidente da Aconvap, Ronaldo Queiroga, disse ontem que decidiu pela impugnação porque a Câmara não respondeu o ofício enviado na semana passada em que as entidades pedem mudanças no edital.
Jorley, que à tarde informou a imprensa sobre a suspensão, negou que haja alguma relação com o pedido de impugnação.
""Eu resolvi parar a concorrência pela manhã e só soube da impugnação à tarde", afirmou o presidente da Câmara.
Segundo Jorley, o edital vai ficar suspenso porque a assessoria jurídica da Câmara ainda não concluiu o parecer sobre o ofício das entidades.
""Vou fazer as mudanças necessárias e recomeçar o processo. A obra vai sair", disse.

Fato novo
A vereadora Flávia Camargo (PHS), da ala contrária à de Jorley, que apóia o prefeito Emanuel Fernandes (PSDB), afirmou que, mesmo com a suspensão, a oposição vai continuar cobrando mais transparência no processo.
Os vereadores da oposição protocolaram um ofício para que Jorley justifique a negativa de realizar audiências públicas para discutir a obra. ""Eu já falei com o Jorley que, diante da polêmica, seria melhor tornar tudo mais claro para a sociedade, para que não haja dúvidas", disse.
O líder do Executivo na Câmara, Walter Hayashi (PSB), disse ter estranhado a decisão tomada por Jorley. ""Falei com ele ontem (anteontem) à noite e às 14h. Ele disse que estava tudo bem. Deve ter surgido algum fato novo", disse Hayashi.
De acordo com ele, Jorley sofre com o desgaste da polêmica.


Texto Anterior: Cury lamenta saída da PM
Próximo Texto: Administração: Promotoria quer a devolução de R$ 350 mil à prefeitura
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.