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NARCOTRÁFICO
Além do revendedor de carros de São José, comissão quer investigação de 2 que supostamente atuavam na região
CPI pede indiciamento de Tony por tráfico
KEILA RIBEIRO
DA FOLHA VALE
O empresário Antonio de Pádua
Costa Maia, o Tony, de São José
dos Campos, teve o seu indiciamento solicitado pela CPI do Narcotráfico por envolvimento com
tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, em relatório aprovado
ontem pela comissão.
O sub-relator da comissão Celso
Russomano (PPB-SP) disse que
há mais dez nomes de pessoas na
região que podem ser indiciados
pela CPI, mas que estão sendo
mantidos em sigilos até que as
apurações da Polícia Federal sejam concluídas.
Além do empresário, o deputado disse que há mais dois nomes
de indiciados que não são da região, mas estariam envolvidos
com o tráfico no Vale do Paraíba e
no litoral norte.
Tony é citado no relatório da
CPI como "um dos maiores traficantes na região de São José dos
Campos".
O empresário responde a um
inquérito por ter sido encontrado
cerca de 300 gramas de cocaína,
maconha e crack em um carro
que estava próximo a uma de suas
quatro concessionárias de veículos no início do ano.
A droga foi encontrada por policiais civis por meio de uma denúncia anônima. Tony contestou
as acusações, o que vem fazendo
desde que seu nome foi citado pela primeira vez, e disse que as provas contra ele foram forjadas.
Outra que teve o indiciamento
pedido é a traficante Sônia Aparecida Rossi, a Maria do Pó, presa
em abril e transferida nesta semana da Casa de Custódia de Taubaté para Penitenciária Feminina de
São Paulo. Ela é acusada de liderar
o tráfico em Campinas.
Maria do Pó foi detida pela Polícia Federal com seu marido, Cláudio da Silva Santos, com uma sacola com quatro quilos de cocaína
que havia buscado em Taubaté.
A traficante é uma das acusadas
de sumir com 340 kg de cocaína
do IML (Instituto Médico Legal)
de Campinas, em 99.
Segundo a polícia, ela também
seria responsável pela conexão do
tráfico com o Vale e litoral e pela
corrupção de policiais.
Outro empresário investigado
pela CPI é Ari Natalino da Silva,
um dos proprietários da rede de
postos Petroforte, que tem unidades no litoral norte.
Natalino é acusado pela comissão de utilizar aviões de uma de
suas empresas para transportar
drogas em uma conexão entre
Atibaia e o litoral.
Em março, um avião bimotor a
serviço da Petroforte fez um pouso forçado no aeroporto de Pindamonhangaba.
A CPI acusou Natalino de estar
transportando dinheiro do tráfico
no bimotor.
O empresário disse que alugou
o avião para transportar dinheiro
dos postos de combustíveis do litoral como forma de segurança.
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