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SAÚDE
Para prefeitura, 3 produtos não são encontrados; Gapa tem lista com 12
S. José tem falta de remédio usado por doente com Aids
da Folha Vale
Três medicamentos utilizados
por pacientes com Aids no combate a doenças oportunistas (contraídas devido à queda da resistência
do organismo) estão em falta na
rede municipal em São José dos
Campos desde do dia 1º. A informação é da prefeitura.
Já o Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids) de São José divulgou ontem uma lista denunciando
a escassez de 12 remédios.
De acordo com a entidade, os
usuários estão tendo dificuldades
em encontrá-los desde o final de
dezembro. A denúncia foi feita em
uma reunião realizada anteontem
e que teve a participação de 16 pessoas. "Alguns remédios não são específicos para a Aids, mas são indispensáveis para o tratamento da
doença", disse o coordenador do
Gapa, Luciano Toledo.
A Secretaria da Saúde confirma a
falta de três dos remédios -o vitamínico Poliviti, o antibiótico Bactrin, usado contra pneumonia e infecções, e o quimioterápico Sulfa
de Azina, utilizado contra toxoplasmose (infecção) cerebral.
Segundo a prefeitura, a remessa
dos dois últimos remédios deverá
estar chegando hoje. O outro tem
chegada prevista para amanhã.
A administração está adquirindo
10 mil unidades de Sulfa de Azina,
70 mil de Bactrin e 15 mil de Poliviti. O consumo médio mensal dos
produtos é de, respectivamente,
2.000, 20 mil e 4.000 unidades.
O atraso aconteceu, segundo a
prefeitura, devido à impossibilidade de os remédios serem comprados em dezembro. O pedido foi feito no início deste ano para que os
custos fossem retirados da verba
do Orçamento de 99.
Depois de feito o pedido, os laboratórios têm prazo de 15 dias para a
entrega dos medicamentos.
"Não temos a informação de que
os outros remédios listados pelo
Gapa também estejam faltando",
disse a coordenadora do programa
municipal DST-Aids (Doenças Sexualmente Transmissíveis), Eni
Pestana.
Segundo ela, o ideal é que os pacientes tomem os medicamentos
diariamente. "A falta durante duas
semanas não deverá comprometer
o tratamento. Se a situação estivesse mais grave, a prefeitura faria
uma compra emergencial."
A balconista T.D.M.F., 24, usa os
remédios da rede municipal há seis
meses. Além do Bactrin e do Poliviti, ela precisa do Daraprim (para
evitar toxoplasmose). "Precisei recorrer a farmácias comunitárias e a
doações para poder continuar tomando os medicamentos."
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