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O PODER DO CRIME
Advogado diz que presos devem ir para Brasília
Líderes do PCC podem deixar Taubaté
DA FOLHA VALE
Os dez líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que foram enviados da PCE (Penitenciária Central do Estado) do Paraná para a Casa de Custódia de
Taubaté podem ser transferidos
novamente, agora para o Distrito
Federal.
Entre os líderes do partido que
foram levados para a Custódia está Gilmar Ângelo Santos, o Mama, o braço direito de José Márcio
Felício, o Geléia.
Geléia, que está na penitenciária
de Avaré, é apontado como o responsável pela rebelião no Paraná
e pelo sequestro da médica Eulália
Pedrosa de Almeida, filha do diretor da Custódia, José Ismael Pedrosa.
Um dos advogados do PCC,
Anselmo Neves Maia, disse que os
líderes do comando não concordam com novas transferências e
podem iniciar uma nova rebelião
se forem levados para o presídio
da Papuda, em Brasília.
O advogado visitou ontem Mama, em Taubaté, e Geléia, em
Avaré, e disse que os detentos estão bem fisicamente, mas foram
proibidos de receber objetos pessoais e cigarros até segunda-feira.
Para outro advogado do comando, Jerônimo Ruiz Andrade
Amaral, que participou das negociações no Paraná, a atitude do
governo revela um contra-senso e
desobediência à Lei de Execuções
Penais.
A lei prevê a prisão em unidades
próximas à família do preso. Segundo ele, se houver transferências, o Estado terá que arcar com
as despesas de familiares dos detentos.
"Isso não está correto. O Estado
vai estar somente transferindo
problemas", disse.
Aliado
Maia disse que o PCC não abandonou o projeto de eleger um deputado federal e fundar um partido político.
Segundo ele, o comando tem
encontrado dificuldades para escolher um deputado que assuma
que represente os interesses dos
presos.
O advogado afirmou que os líderes do comando decidiram então lançar o nome dele próprio
para deputado federal pelo partido da comunidade carcerária.
Segundo ele, a legenda e a candidatura já teriam garantidas 500
mil votos de familiares dos 100 mil
detentos que estão em unidades
prisionais paulistas.
"Somente quando houver um
deputado eleito pelo partido o detento conquistará o direito ao voto", disse.
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