São José dos Campos, Terça, 17 de novembro de 1998

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Mulher é morta em hipermercado

MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

Claudio Reis Ferreira Porto, 26, matou com três tiros sua mulher, a auxiliar de banco de sangue Rita de Cássia Ferreira, 25, e se suicidou com um tiro na cabeça.
O crime ocorreu às 14h de ontem no hipermercado Carrefour da avenida João Dias, na Vila Andrade (zona sudoeste de SP).
Segundo a delegada Milena Tavoli Nabas, do 89º DP (Portal do Morumbi), que falou com uma vizinha de Rita de Cássia, o casal estava se separando. "A vizinha que falou comigo disse que a família já estava esperando o pior, pois a relação deles não era muito boa."
Nenhum bilhete ou carta de despedida foi encontrado entre os pertences das vítimas.

Testemunhas
A polícia conseguiu apenas duas testemunhas do crime. Uma caixa do hipermercado, que desmaiou no momento do crime e não havia prestado depoimento até o final da tarde de ontem, e o segurança Jean Cerqueira.
De acordo com o segurança, Rita entrou correndo no hipermercado, como se viesse pedir ajuda.
Logo após, surgiu Porto trazendo um envelope na mão. Antes que Rita falasse algo, o marido sacou o revólver calibre 38 de dentro do envelope e disparou três tiros contra a mulher.
Em seguida, Porto se matou com um tiro na cabeça. Rita caiu junto ao caixa número 24 do supermercado e foi socorrida por funcionários do hipermercado Carrefour.
Ela foi levada para a enfermaria do hipermercado, onde morreu.
Porto morreu na hora e seu corpo teve de permanecer no local do crime, no corredor entre as caixas e lojas que ficam no interior do hipermercado.
Parte do corredor teve de ser isolada pela polícia para o trabalho dos peritos. Cinco lojas e 34 caixas foram interditadas.
Segundo a assessoria de imprensa do Carrefour, o movimento na loja da João Dias costuma ser baixo às segundas-feiras. No momento do crime, havia cerca de cem clientes no hipermercado.
Às 17h, quando a perícia ainda não havia chegado ao hipermercado, a loja continuava funcionando normalmente.
"Não houve gritaria, mas, na hora dos tiros, cada um correu para um lado. Logo depois, as pessoas passavam na frente da loja pasmas", disse Elisa Almeida de Oliveira, 18, balconista de uma loja que funciona no hipermercado.
O Carrefour não autorizou entrevistas com funcionários do hipermercado.
Também não foi permitido que fossem feitas fotos no hipermercado. Segundo a assessoria de imprensa do hipermercado, as famílias das vítimas haviam pedido que fosse proibida a realização de imagens.



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