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Mulher é morta em hipermercado
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
Claudio Reis Ferreira Porto, 26,
matou com três tiros sua mulher, a
auxiliar de banco de sangue Rita de
Cássia Ferreira, 25, e se suicidou
com um tiro na cabeça.
O crime ocorreu às 14h de ontem
no hipermercado Carrefour da
avenida João Dias, na Vila Andrade (zona sudoeste de SP).
Segundo a delegada Milena Tavoli Nabas, do 89º DP (Portal do
Morumbi), que falou com uma vizinha de Rita de Cássia, o casal estava se separando. "A vizinha que
falou comigo disse que a família já
estava esperando o pior, pois a relação deles não era muito boa."
Nenhum bilhete ou carta de despedida foi encontrado entre os
pertences das vítimas.
Testemunhas
A polícia conseguiu apenas duas
testemunhas do crime. Uma caixa
do hipermercado, que desmaiou
no momento do crime e não havia
prestado depoimento até o final da
tarde de ontem, e o segurança Jean
Cerqueira.
De acordo com o segurança, Rita
entrou correndo no hipermercado, como se viesse pedir ajuda.
Logo após, surgiu Porto trazendo um envelope na mão. Antes que
Rita falasse algo, o marido sacou o
revólver calibre 38 de dentro do
envelope e disparou três tiros contra a mulher.
Em seguida, Porto se matou com
um tiro na cabeça. Rita caiu junto
ao caixa número 24 do supermercado e foi socorrida por funcionários do hipermercado Carrefour.
Ela foi levada para a enfermaria
do hipermercado, onde morreu.
Porto morreu na hora e seu corpo teve de permanecer no local do
crime, no corredor entre as caixas
e lojas que ficam no interior do hipermercado.
Parte do corredor teve de ser isolada pela polícia para o trabalho
dos peritos. Cinco lojas e 34 caixas
foram interditadas.
Segundo a assessoria de imprensa do Carrefour, o movimento na
loja da João Dias costuma ser baixo
às segundas-feiras. No momento
do crime, havia cerca de cem clientes no hipermercado.
Às 17h, quando a perícia ainda
não havia chegado ao hipermercado, a loja continuava funcionando
normalmente.
"Não houve gritaria, mas, na hora dos tiros, cada um correu para
um lado. Logo depois, as pessoas
passavam na frente da loja pasmas", disse Elisa Almeida de Oliveira, 18, balconista de uma loja
que funciona no hipermercado.
O Carrefour não autorizou entrevistas com funcionários do hipermercado.
Também não foi permitido que
fossem feitas fotos no hipermercado. Segundo a assessoria de imprensa do hipermercado, as famílias das vítimas haviam pedido que
fosse proibida a realização de imagens.
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