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ECONOMIA
Valor é quase um terço do que o Brasil exportou para a China em 99; empresa espera novos contratos
Embraer fecha acordo de US$ 200 mi
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
da Folha Vale
A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) assinou ontem em Pequim, na China, contrato avaliado em cerca de US$ 200 milhões com a empresa Sichuan Airlines para o fornecimento de dez jatos regionais ERJ-145 -cinco pedidos firmes e cinco opções de compras.
A assinatura do contrato contou com a presença do vice-presidente Marco Maciel (PFL), que está em visita oficial à China. De acordo com o Itamarati, a prioridade da visita é incrementar as relações comerciais entre os dois países.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério do Desenvolvimento, a China é o 13º país importador de produtos brasileiros (recebeu 1,7% das exportações em 99).
O primeiro jato deverá ser entregue em abril de 2000. A Sichuan é uma das maiores empresas de transporte aéreo da China, com 450 vôos semanais e 1,8 milhão de passageiros por ano.
Foi a primeira venda da Embraer para uma empresa chinesa. "Esse negócio é um grande acontecimento para a Embraer", disse o vice-presidente comercial da empresa, Frederico Curado.
Para ele, o contrato assinado ontem vai possibilitar a expansão dos negócios no país. "A escolha do ERJ-145 expressa a confiança que a Sichuan tem na Embraer e que, certamente, levará a empresa a conquistar outras encomendas nesse mercado", disse.
Além de Maciel, acompanharam a assinatura do contrato membros da Comissão de Desenvolvimento e Planejamento do Estado, do Departamento da Aviação Civil Chinesa e da Companhia Chinesa de Suprimento para a Aviação.
O ERJ-145 -que tem capacidade para 50 passageiros- é o principal produto de exportação da Embraer, com 702 unidades vendidas desde sua entrada no mercado, em dezembro de 96.
O seu desempenho ajudou a Embraer a superar, em setembro deste ano, a Companhia Vale do Rio Doce como a principal empresa exportadora brasileira.
Suplicy
O senador Eduardo Suplicy (PT) visita a Embraer no próximo dia 21. Ele foi convidado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José para constatar denúncia relativa à existência de 300 câmeras de vídeo na fábrica.
Segundo o sindicato, as câmeras foram instaladas para vigiar os trabalhadores da produção e as manifestações promovidas pela entidade.
A empresa alega que as câmeras visam aumentar a segurança da fábrica e evitar espionagem industrial.
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