DA FOLHA VALE

O comerciante José Turci Priante, 45, acusado de matar o sobrinho Flávio Turci Fernandes, 36, industriário de Jacareí, prestou depoimento anteontem à policia acompanhado do seu advogado.
O acusado disse que disparou contra o sobrinho para se defender. Segundo ele, Flávio possuía um porte físico maior que o seu e estava alterado quando chegou em sua casa para cobrar uma dívida.
Turci Priante, que pertence a uma família tradicional do Vale do Paraíba, estava sendo procurado pela polícia desde domingo, dia do crime.
O advogado do comerciante procurou a polícia dois dias depois do assassinato para negociar a ida de Priante à delegacia.
O comerciante entregou anteontem ao delegado José Henrique de Paula Ramos, responsável pelo caso, a arma que teria usado para efetuar um disparo contra o sobrinho.
O crime foi em frente da residência do comerciante. Ele afirmou que entrou em casa para pegar a arma somente para intimidar Flávio, mas disparou quando notou que seria agredido.
O acusado desmentiu o valor sobre a dívida que possuía com o sobrinho, que segundo familiares do industriário estaria entre R$ 200 mil e R$ 400 mil.
Turci Priante disse que utilizava os cheques de Flávio para pagar uma dívida com um agiota da cidade que é de cerca de R$ 15 mil.
O advogado da família de Flávio disse que, na próxima semana, a esposa do industriário, que presenciou o crime, vai à delegacia contar a sua versão.


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