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EDUCAÇÃO 2
Dinheiro dos pais é usado para contratar vigias e reparar estragos provocados pela chuva, por exemplo
Escolas montam sistemas de segurança
da Folha Vale
Segurança e obras são os dois
principais setores em que associações de pais aplicam verbas em São
José dos Campos e Jacareí.
Das nove escolas estaduais e municipais ouvidas pela Folha, três
afirmaram priorizar segurança e
outras três a realização de obras
com os recursos obtidos.
Na unidade Dorothoveo Gaspar
Vianna, no Jardim das Indústrias,
em Jacareí, as chuvas causaram a
queda do muro do estabelecimento, que foi recuperado com o dinheiro da APM.
"Ainda falta pagar uma parte das
obras. Usamos o dinheiro da
APM", afirmou o diretor Antonio
Carlos de Carvalho.
Segundo ele, que não divulgou o
valor da obra, a escola está totalmente murada para evitar contato
dos alunos com "pessoas de fora".
"Se alguém estranho quiser entrar na unidade, terá que ser encaminhada diretamente para a secretaria e com isso teremos a identificação, evitando problemas", disse.
O diretor da escola estadual Hélio Augusto, José Antonio Braga
Barros, disse que a AAE (Associação de Amigos de Escola) do bairro
ajuda a suprir carências da escola.
"Temos conseguido investimentos do poder municipal, mas foi
graças à parceria com a comunidade que conseguimos comprar as
grades colocadas na escola."
Prioridade
Segurança é uma das prioridades
do diretor da escola estadual Francisco Gomes da Silva Prado, Gilmar Fava, em Jacareí.
"Temos 10.600 m2 construídos
em uma área total de 18.000 m2.
Precisamos de uma equipe de segurança, que é mantida com os recursos da APM."
Quando Fava assumiu a escola,
no início deste ano, a direção da
unidade registrava com frequência
reclamação de alunos e professores que eram ameaçados por grupos. Além disso, havia ocorrência
de depredações e roubos no local.
A unidade tem 3.400 alunos, sendo que 1.420 estudam à noite. Fava
alega a escola tem uma defasagem
de 20 funcionários.
Na escola estadual João Cruz, no
Parque Califórnia, a diretora financeira da APM, Nair Aparecida,
disse que a insegurança no bairro
levou a associação a montar um estacionamento no estabelecimento
para carros e motos, além de setores para guardar bicicletas.
"Temos um espaço destinado
para esse fim. Quem quiser utilizá-lo contribui com a entidade. As bicicletas também ficam na escola. A
gente ajuda bem o governo."
Nair afirmou que dentro do plano de ação desenvolvido pela APM
está a montagem de um anfiteatro
e a construção de uma cobertura
para o pátio da escola.
Para ela, a contribuição ajuda
também os alunos que não podem
pagar (leia texto nesta página).
"Fazemos um trabalho em sistema de cooperativa. Se os pais querem e nós queremos, então o negócio é arregaçar as mangas", afirmou a coordenadora pedagógica
da João Cruz, Fátima Aparecida de
Barros Alves de Sá.
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