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SOB SUSPEITA
Relator Alexandre da Farmácia (PFL) sugere envio do relatório ao Ministério Público e ao TCE
CEI da Tallavassos acaba sem resultados
da Folha Vale
O relator da CEI da Tallavassos,
Alexandre da Farmácia (PFL), vai
pedir que o relatório final da comissão, que aponta irregularidades no pagamento de contrato firmado entre a prefeitura e a construtora durante a gestão da ex-prefeita Angela Guadagnin (PT),
seja enviado ao TCE e ao Ministério Público.
A CEI (Comissão Especial de
Inquérito), instalada no dia 20 de
outubro, foi marcada pelo não-comparecimento de vários convocados e terminou sem acrescentar nenhuma novidade em relação às irregularidades que já haviam sido levantadas em investigações internas da prefeitura.
O contrato investigado pela CEI
foi assinado em 96 e envolvia a
realização de obras de drenagem
e pavimentação no Campo dos
Alemães e no distrito industrial
das Chácaras Reunidas. O valor
aproximado das obras era de R$
3,8 milhões.
As denúncias de irregularidades
envolvendo o pagamento das medições das obras realizadas começou em setembro de 96, quando
foi protocolada denúncia no Ministério Público pedindo a investigação dos pagamentos.
Em consequência, a ex-prefeita
determinou que a Secretaria das
Obras fizesse uma auditoria no
contrato, que apontou o pagamento de R$ 302,6 mil a mais.
Os laudos foram subescritos pelo ex-secretário das Obras Luiz
Carlos Pontes e pelo ex-diretor de
Obras José Antonio de Camargo.
Os dois foram convocados pela
CEI, mas não compareceram, alegando que já haviam relatado o
que sabiam em procedimento administrativo da prefeitura.
O valor da diferença entre o que
havia sido pago a mais à construtora e os créditos a que ela ainda
tinha direito foram cobrados da
Tallavassos pela prefeitura em
cinco parcelas.
Segundo o vereador Mauro Kano (PT), as irregularidades apontadas no relatório de Alexandre
da Farmácia são as mesmas já encontradas pela prefeitura. "Do
meu ponto de vista, a CEI foi perda de tempo", disse.
Outra proposta que consta do
relatório -a do envio das irregularidades ao TCE e ao Ministério
Público- também não é novidade. Os dois órgãos já analisaram e
já arquivaram as denúncias.
O relator da CEI foi procurado
em sua casa e no telefone celular,
mas não foi encontrado e não respondeu aos recados da Folha.
O presidente da CEI, Miranda
Ueb (PPS), e o membro da comissão Jairo Pintos (PPB), dois aliados do prefeito Emanuel Fernandes (PSDB), disseram que não haviam recebido o relatório.
A comissão se reúne na próxima terça-feira para definir se acata o relatório e encerra a CEI ou se
convoca mais pessoas para prestar depoimento.
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