MARIA TERESA MORAES
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Oito presos fugiram, durante a madrugada de ontem, da penitenciária Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, conhecida como P1 e considerada de segurança máxima, em Tremembé, depois de pularem os muros utilizando escadas e "teresas" (espécie de corda feita com panos).
Dois presos foram recapturados, inclusive Demerval Barbosa de Souza, que havia sido transferido para o local no final de dezembro, após a rebelião que destruiu a Casa de Custódia de Taubaté.
O presídio tem capacidade para 538 detentos e abrigava, até a fuga de ontem, 864 presos.
Segundo o diretor da P1, Angelo Bernardino Cabral, Souza teve escoriações nas mãos. O outro preso recapturado, Marcelo Corrêa, quebrou as duas pernas quando tentava escalar o muro do presídio, de cerca de 11 metros de altura, usando uma "teresa".
"Como estavam machucados, eles não conseguiram ir muito longe, o que facilitou o trabalho da polícia", disse Cabral.
Segundo o delegado de Tremembé Paulo Henrique Navarro Barbosa, foi instaurado inquérito para apurar se houve envolvimento de funcionários em uma possível facilitação da fuga.
"Não podemos descartar essa possibilidade, principalmente porque foi encontrada uma escada do lado de fora do presídio", disse o delegado.
As sindicâncias abertas em 99 e 2000 pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária para apurar fugas, resgates e rebeliões de presos na P1 continuam, até hoje, sem conclusão. A última fuga ocorreu em junho.


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