São José dos Campos, Domingo, 24 de Setembro de 2000

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FINAL DE ANO
Prefeituras dos quatro municípios deixam para definir programação de réveillon somente após as eleições
Litoral "ignora" real virada do milênio

KARINA OGO
DA REDAÇÃO

Depois do "fiasco" do ano passado, quando menos de 1 milhão das quase 3 milhões de pessoas esperadas estiveram no feriado de réveillon no litoral norte, superestimado pelo misticismo em torno da chegada do ano 2000, as prefeituras dos quatro municípios estão "ignorando" a verdadeira virada do milênio, que acontece este ano.
A programação de eventos para a passagem de ano ainda não foi fechada pelas administrações, também devido às eleições. A maioria das festividades será discutida e confirmada apenas após o período eleitoral.
Grande parte das atividades, entretanto, deverá ser a mesma do último réveillon. Entre as possíveis novidades, está a realização de uma competição de surf noturna em Ubatuba, na noite do dia 31 de dezembro, provavelmente na Praia Grande. Além disso, estão previstas a tradicional queima de fogos e shows com bandas.
Com a não-alusão do réveillon deste ano com a virada do milênio, os preços praticados nos hotéis voltarão aos níveis normais de uma passagem de ano.
"No final de 99, quando houve a "falsa virada de ano" e uma superexpectativa em relação ao público, os pacotes chegaram a custar até cinco vezes mais. Este ano, os preços estão bem mais atrativos", disse José Carlos de Souza, coordenador de turismo do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do litoral norte.
O preço de um pacote de oito dias em um hotel de padrão quatro estrelas na cidade deverá estar entre R$ 1.500 e R$ 2.000 (para duas pessoas). No ano passado, chegou a R$ 11 mil.
Em Ilhabela, as discussões sobre os eventos ainda dependem de verba por parte do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento às Estâncias). "Temos uma quantia de cerca de R$ 720 mil para eventos e obras turísticas que ainda não foi liberada", disse o secretário de Turismo de Ilhabela, Carlos Alberto Naufal.
Para o final de ano, a previsão é que haja apenas a sonorização de escunas ("trios elétricos" no mar) e a queima de fogos. "Mas, para depois de 25 de janeiro, vamos fazer de novo o Festival de Verão, com a participação de nomes importantes da música brasileira."
O secretário de Turismo de Caraguatatuba, Ricardo Gaspar, disse que as discussões sobre a programação já foram iniciadas. "Pretendemos repetir as fórmulas dos últimos anos."
Segundo a diretora de turismo de São Sebastião, Célia Pinto, a confirmação da programação deverá ocorrer a partir de outubro. "Uma de nossas idéias para a temporada é reeditar o Cinemar, a exibição de filmes na praia."


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