São José dos Campos, Domingo, 26 de Agosto de 2001

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FÁBIO SOARES

Perdido e mal pago

É difícil entender como os jogadores do Guarani podem estar com os salários de dois meses atrasados. Com o elenco atual, o clube teria obrigação de gozar de uma situação financeira mais confortável.
Não faltam motivos para questionar a administração das receitas. Em comparação aos demais irmãos do interior, pode-se dizer, seguramente, que a situação do Guarani é, no mínimo, invejável.
Referente ao Campeonato Paulista, o clube arrecadou ao menos R$ 1,5 milhão por 15 partidas (cota de R$ 100 mil por jogo). A Federação Paulista de Futebol divulga R$ 2,5 milhões, mas a direção do Guarani desmente a cifra. Realmente a FPF não costuma contar descontos com taxas de arbitragem e afins.
Pelo contrato com a Center Líder, patrocinadora da camisa, são R$ 720 mil por um ano. Tem o dinheiro dividido entre os integrantes do Clube dos 13 referente às cotas de TV do Campeonato Brasileiro, privilégio que Ponte Preta e Botafogo não têm na mesma medida. São US$ 2,1 milhões, o equivalente a R$ 5,3 milhões.
E as negociações? Se foram Marinho, Rubens Cardoso, Renatinho, Gustavo Nery, Octacílio e Gléguer.
Não deve contar muito a receita com público, ínfima nos últimos tempos no Brinco de Ouro. Com os sócios, a direção não divulgou quanto o clube arrecada.
A atual administração, no comando desde dezembro de 99, pode atribuir a situação à dívida da era Beto Zini, estimada em R$ 15 milhões, já negociada no Refis. No entanto não é preciso ser matemático para deduzir que, se parte do dinheiro arrecadado não está sendo direcionado à folha de pagamento, o presidente poderá anunciar o saneamento das contas antes de o Guarani vencer a primeira no campeonato.

E-mail fluiz@folhasp.com.br

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