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FÁBIO SOARES
Perdido e mal pago
É difícil entender como
os jogadores do Guarani
podem estar com os salários de
dois meses atrasados. Com o
elenco atual, o clube teria obrigação de gozar de uma situação
financeira mais confortável.
Não faltam motivos para
questionar a administração das
receitas. Em comparação aos
demais irmãos do interior, pode-se dizer, seguramente, que a
situação do Guarani é, no mínimo, invejável.
Referente ao Campeonato
Paulista, o clube arrecadou ao
menos R$ 1,5 milhão por 15 partidas (cota de R$ 100 mil por jogo). A Federação Paulista de
Futebol divulga R$ 2,5 milhões,
mas a direção do Guarani desmente a cifra. Realmente a FPF
não costuma contar descontos
com taxas de arbitragem e afins.
Pelo contrato com a Center Líder, patrocinadora da camisa,
são R$ 720 mil por um ano. Tem
o dinheiro dividido entre os integrantes do Clube dos 13 referente às cotas de TV do Campeonato Brasileiro, privilégio
que Ponte Preta e Botafogo não
têm na mesma medida. São US$
2,1 milhões, o equivalente a R$
5,3 milhões.
E as negociações? Se foram
Marinho, Rubens Cardoso, Renatinho, Gustavo Nery, Octacílio e Gléguer.
Não deve contar muito a receita com público, ínfima nos
últimos tempos no Brinco de
Ouro. Com os sócios, a direção
não divulgou quanto o clube arrecada.
A atual administração, no comando desde dezembro de 99,
pode atribuir a situação à dívida da era Beto Zini, estimada
em R$ 15 milhões, já negociada
no Refis. No entanto não é preciso ser matemático para deduzir
que, se parte do dinheiro arrecadado não está sendo direcionado à folha de pagamento, o presidente poderá anunciar o saneamento das contas antes de o
Guarani vencer a primeira no
campeonato.
E-mail fluiz@folhasp.com.br
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