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ESPORTE RADICAL
André Azevedo crê que participantes do Granada-Dakar podem sofrer atentados
Piloto joseense teme aliados de Saddam Hussein em rali
KLÉBER WERNECK
free-lance para a Folha Vale
Os últimos bombardeios dos Estados Unidos contra o Iraque tornaram-se a principal preocupação
para os pilotos brasileiros, entre
eles o joseense André Azevedo,
que disputarão o rali Granada-Dakar (ex-Paris-Dakar). A prova é
mais importante disputada na modalidade.
Este ano, pela primeira vez, a
equipe brasileira BR-Lubrax participará da prova com um caminhão, pilotado por Azevedo e com
tcheco Tomas Tomecek como navegador. O piloto Klever Kolberg
participa de carro e Juca Bala de
moto. A largada promocional
acontece no dia 31, em Granada
(Espanha).
Apesar de o roteiro do Granada-Dakar não passar pelo Iraque, os
brasileiros temem sofrer retaliações na quarta etapa do percurso,
que vai de Tan Tan, no Marrocos,
até a Mauritânia.
A Mauritânia manifestou apoio
ao Iraque durante a Guerra do Golfo Pérsico, em 1991, servindo inclusive de refúgio para a família do
ditador Saddam Hussein.
"Aquela região entre a Mauritânia e o Marrocos, conhecida como
antigo Saara Espanhol, é de aliados
do Saddam. Eles podem utilizar
um atentado como forma de protesto contra os EUA para o mundo", disse Azevedo.
Além da disputa entre Estados
Unidos e Iraque, a região também
é marcada por constantes guerrilhas entre grupos religiosos, a
maioria de muçulmanos.
A segurança oferecida pela organização do rali para os problemas
de conflito armado é considerada
"relativa" por Azevedo e Kolberg
que participam desde 88.
Os organizadores do rali têm o
compromisso dos governos locais
de garantir a segurança.
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