São José dos Campos, Domingo, 27 de dezembro de 1998

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ESPORTE RADICAL
André Azevedo crê que participantes do Granada-Dakar podem sofrer atentados
Piloto joseense teme aliados de Saddam Hussein em rali

KLÉBER WERNECK
free-lance para a Folha Vale

Os últimos bombardeios dos Estados Unidos contra o Iraque tornaram-se a principal preocupação para os pilotos brasileiros, entre eles o joseense André Azevedo, que disputarão o rali Granada-Dakar (ex-Paris-Dakar). A prova é mais importante disputada na modalidade.
Este ano, pela primeira vez, a equipe brasileira BR-Lubrax participará da prova com um caminhão, pilotado por Azevedo e com tcheco Tomas Tomecek como navegador. O piloto Klever Kolberg participa de carro e Juca Bala de moto. A largada promocional acontece no dia 31, em Granada (Espanha).
Apesar de o roteiro do Granada-Dakar não passar pelo Iraque, os brasileiros temem sofrer retaliações na quarta etapa do percurso, que vai de Tan Tan, no Marrocos, até a Mauritânia.
A Mauritânia manifestou apoio ao Iraque durante a Guerra do Golfo Pérsico, em 1991, servindo inclusive de refúgio para a família do ditador Saddam Hussein.
"Aquela região entre a Mauritânia e o Marrocos, conhecida como antigo Saara Espanhol, é de aliados do Saddam. Eles podem utilizar um atentado como forma de protesto contra os EUA para o mundo", disse Azevedo.
Além da disputa entre Estados Unidos e Iraque, a região também é marcada por constantes guerrilhas entre grupos religiosos, a maioria de muçulmanos.
A segurança oferecida pela organização do rali para os problemas de conflito armado é considerada "relativa" por Azevedo e Kolberg que participam desde 88.
Os organizadores do rali têm o compromisso dos governos locais de garantir a segurança.



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