DA FOLHA VALE

O suposto traficante Sérgio Silva dos Santos, o Serjão, foi preso no dia 18 de março deste ano no bairro Torrão de Ouro, zona sul de São José dos Campos, acusado do assassinato de uma professora na cidade.
A prisão ocorreu no momento em que Serjão vinha sendo investigado pela Polícia Civil de São José sob a acusação de ser o comandante do tráfico de drogas na favela Santa Cruz, localizada na região central da cidade.
Serjão nunca admitiu que tivesse ligações com o tráfico de drogas, mas seu nome foi investigado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Narcotráfico criada pela Câmara dos Deputados.
O nome de Serjão chegou aos deputados federais por meio de um dossiê enviado pela Polícia Civil de São José à CPI, quando ela esteve baseada na Assembléia Legislativa em São Paulo, para investigar o tráfico no Estado.
Ao final da passagem da CPI por São Paulo, o deputado federal Celso Russomano (PPB-SP), sub-relator da comissão para o Estado, chegou a dizer que Serjão seria convocado para depor em Brasília, já que não houve tempo de ouvi-lo em São Paulo.

Outro lado
A advogada Cláudia Maria Lemos Costa, que defende D.R.S., 16, disse que o adolescente não tem passagem pela polícia nem envolvimento com homicídios ou tráfico de drogas.
"Não sei por que ele foi preso, já que ele é inocente", disse a advogada, que afirmou que vai esperar o depoimento do jovem na polícia para definir quais providências irá tomar.
Ela disse que ainda não sabe se vai representar o outro adolescente preso, Claudemir Toledo Marcelino, 19. A Folha não encontrou nenhum advogado de Marcelino.


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