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Para comemorar o fim do defeso, época em que é proibido pescar camarão, os pescadores de Caraguatatuba realizam há quatro anos o Festival do Camarão, na Ponta do Camaroeiro, na praia do Centro, com barracas de pratos típicos, venda de artesanato, apresentações de dança e música e a venda do camarão in natura.
A festa acontece nos dias 8, 9 e 10 de junho, mas a abertura oficial acontece às 16h30 de hoje com os "Barcos ao Mar", uma celebração que representa a volta à pesca do camarão. As embarcações recebem uma benção e os pescadores vão acompanhados de suas famílias.
Além de comemorar o fim do defeso, o festival tem o objetivo de transmitir alguns aspectos do cotidiano caiçara, como a pesca artesanal, por exemplo.
No total, serão 16 barracas de comidas típicas caiçara, preparadas pelos pescadores e suas famílias. Pratos como bobó e bolinho de camarão, panqueca, espetinho e camarão na moranga são as principais atrações da festa.
As receitas, normalmente caras, estarão sendo vendidas a um preço menor do que nos restaurantes. O camarão na moranga, por exemplo, custa, em média, R$ 60. No festival, o prato custa R$ 10.
"Em 2000, vendemos 18 toneladas e tínhamos apenas 12 barracas. Este ano, esperamos vender mais", disse o presidente da Associação dos Pescadores da Ponta do Camaroeiro, Adenir da Silva.
Os organizadores estão esperando que cerca de 40 mil pessoas passem pelo festival, atraídas pelos pratos típicos e pelo preço do quilo do camarão in natura.
Segundo os próprios pescadores, o melhor tipo de camarão é o sete-barbas, que é mais barato, por ser muito fácil de ser pescado e mais saboroso.
Os outros dois tipos são o camarão branco e o rosa, que são maiores e mais difíceis de serem encontrados.
Durante o festival, o quilo do camarão sete-barbas vai custar, em média, R$ 3. Os outros dois tipos custam entre R$ 15 e R$ 20 o quilo.
Durante a época do defeso, que acontece de março a maio, o preço do camarão sobe porque a quantidade diminui. O quilo do camarão rosa custa, em média, nesta época, R$ 30.
"Conforme vai diminuindo o camarão no mar, o preço vai subindo", disse o pescador João Evangelista.


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