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Peças e acessórios

Apesar de funcional, ar quente é pouco explorado no carro

Item é geralmente utilizado só no inverno; goteira sob o painel pode ser sinal de problema grave no sistema

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ter um carro em um país tropical faz com que determinados sistemas do veículo sejam pouco utilizados. Em modelos sofisticados, há o aquecimento dos bancos ou até o chamado "cachecol de ar", presente em conversíveis -o mimo emite um jato de ar quente diretamente no pescoço do ocupante para que ele possa transitar com a capota aberta mesmo em dias de temperatura baixa.

Deixando esses itens mais raros (e caros) de lado, o aquecimento da cabine -conhecido popularmente como "ar quente"- costuma constar na lista de equipamentos de série até de modelos mais acessíveis.

Comum, mas pouco utilizado pelos brasileiros, o acessório de conforto acaba sendo desprezado porque muitos motoristas não sabem como operá-lo corretamente ou simplesmente acham que a cabine fica abafada demais.

Os modelos com ar-condicionado digital, disponível geralmente em versões de luxo, permitem um ajuste mais preciso da temperatura.

Outra dica dos mecânicos: antes de desligar o ar-condicionado, acione o ar quente para secar o sistema e evitar que fungos e bactérias se proliferem nos dutos de ventilação, por exemplo.

As montadoras ainda recomendam o uso do ar quente para acelerar o desembaçamento do para-brisa.

De acordo com o manual do Chevrolet Celta, para melhorar a visibilidade nessa situação, o usuário deve girar os interruptores de ventilação e de aquecimento para a posição máxima, lembrando de direcionar o fluxo de ar para as saídas superiores do painel de instrumentos.

MANUTENÇÃO

Muitos usuários, no entanto, desconhecem os cuidados necessários para manter o item em ordem.

"O sistema utiliza a água do radiador para aquecer o ar que é direcionado para a cabine", explica Francisco Satkunas, diretor e conselheiro da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade).

De acordo com o engenheiro, a operação é feita por meio de uma válvula, que desvia a água no trecho entre o motor (quando ela está quente) e o radiador (onde ela será resfriada). "Essa água passa por um pequeno reservatório, onde é realizada uma troca de calor entre ela e o ar que irá para a cabine", acrescenta.

Para funcionar bem, o conjunto do ar quente depende diretamente do bom estado dos componentes do sistema de refrigeração do motor, incluindo mangueiras de água, abraçadeiras e ventiladores.

Caso esses itens não atuem corretamente, o ar pode não ser direcionado à cabine ou, no pior dos casos, provocar um vazamento de água do sistema no interior do veículo.

ARREFECIMENTO

Uma dúvida comum é se o uso frequente do ar quente pode aumentar o risco do motor superaquecer.

De acordo com Satkunas, na verdade, o risco diminui, pois o sistema faz a água chegar ao radiador um pouco mais fria do que antes.

O especialista ressalta, porém, que caso haja vazamentos no circuito de água destinado a esquentar o ar da cabine, o nível do líquido de arrefecimento do motor poderá diminuir. Por isso é sempre bom checar se não há goteiras sob o painel quando o equipamento é acionado.


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