Índice geral Veículos
Veículos
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

A céu aberto

Com visual renovado e conjunto de motor e câmbio mais eficiente, novo Mercedes SLK chega para brigar por um lugar ao sol

RICARDO RIBEIRO
DE SÃO PAULO

A versão anterior do conversível Mercedes SLK ficou no fim da fila. Outros carros da marca passaram por mudanças, mas o esportivo continuava com o visual antigo.

Tanto é que já era chamado de "the old lady" (a velha senhora, em inglês) pelos corredores da montadora -os alemães tratam o modelo no feminino. Agora, na terceira geração, esse cabriolet finalmente rejuvenesceu.

Grade maior, LEDs no para-choque e vincos no capô aproximaram o SLK do SLS, seu "irmão" mais potente. Na hora das fotos desta página, dois curiosos confundiram os modelos e perguntaram se as portas se abriam para cima, no melhor estilo asa de gaivota. Não: isso seria impossível em um carro de teto removível.

A dupla ficou frustrada, mas bastou apertar o botão que abre a capota rígida para reconquistar sua atenção: são 20 segundos, muitos queixos caídos e alguns suspiros diante do teto em movimento.

Três letrinhas revelam o que está escondido sob o capô: CGI. A sigla adicionada ao nome do novo SLK 200 indica a adoção do sistema de injeção direta de gasolina no motor 1.8 turbo.

A potência permanece a mesma (184 cv), mas o torque aumentou sensivelmente e está disponível mais cedo, a partir de 1.800 rpm. Outra novidade é o câmbio automático de sete marchas. A geração anterior usava uma caixa de cinco velocidades.

As alterações resultaram em retomadas vigorosas. No teste Folha-Mauá, o SLK atingiu 100 km/h em 7,6s e só precisou de 5s para ir de 80 a 120 km/h, situação comum em ultrapassagens na estrada.

Baixo, com tração traseira e suspensão firme, o modelo é estável em velocidades maiores e preciso nos trechos sinuosos. Controles eletrônicos de estabilidade e tração, equipamentos de série no conversível, também ajudam.

REQUINTE E RUÍDOS

O ronco do motor poderia ser mais grave para combinar com o bom desempenho do modelo. O barulho pouco empolgante avisa que não se trata de um V6.

A cabine é requintada, mas o ruído abafado das peças móveis do teto chacoalhando destoa do conjunto. É melhor abrir a capota e enfrentar a fama instantânea -a céu aberto, o sistema Airguide corrige o fluxo do ar e reduz a turbulência na cabine.

São duas abas de plástico fixadas nos encostos de cabeça, que podem ser movimentadas para o lado com o objetivo de direcionar o vento. As partes são transparentes para não prejudicar a visibilidade traseira.

O SLK (R$ 202,9 mil) não tem vida fácil no Brasil: enfrenta rivais mais potentes e com similar acerto de carroceria, como BMW Z4 2.4 V6 (R$ 218 mil) e Audi TT Roadster 2.0 turbo (R$ 211,2 mil). É uma boa briga entre alemães.

A Mercedes cedeu a SLK para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
0/xx/11/4239-3092; www.maua.br

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.