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Conta-gotas

Economia de água e menos idas ao lava-rápido podem compensar preço maior da lavagem a seco, que custa até o dobro da convencional

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Manter o carro limpo hoje em dia pode ser politicamente incorreto. Sobretudo em São Paulo, que vive uma crise de abastecimento de água. Essa realidade fortalece a lavagem a seco como solução mais consciente.

"Evitamos gastar cerca 316 litros de água ao utilizarmos esse método de limpeza", diz Lito Rodrigues, da Drywash.

Já na AcquaZero, outra empresa do ramo, a economia declarada é de até 900 litros, dependendo do tamanho do veículo.

Basicamente, o processo consiste em aplicar um produto químico na lataria, que age amolecendo a sujeira e facilitando sua remoção. As duas empresas afirmam que é possível limpar carros mais sujos apenas utilizando uma dose maior dos produtos.

LIMPEZA LEVE

O engenheiro Francisco Satkunas, da SAE Brasil, no entanto, vê limites. "Eu recomendaria que o procedimento fosse utilizado apenas em carros com um nível leve ou médio de sujeira. No caso de haver barro seco na pintura, o mais recomendável é utilizar água para remover essa camada mais pesada", avalia.

A sugestão é compartilhada pelo técnico da Basf, Weslley Ruiz. "Nesses casos, o serviço não é viável, pois o processo será extremamente lento e com possibilidades de causar arranhões na pintura", afirma.

Satkunas salienta que é preciso seguir normas técnicas para evitar danos.

"A recomendação é que a limpeza seja feita em um local sem incidência de luz solar. Por isso costumamos ver esse serviço sendo oferecido em estacionamentos de supermercados e shoppings, locais ideais para esse tipo de lavagem", diz o engenheiro.

Quanto a um possível desgaste excessivo da pintura, Ruiz explica que "todas as lavagens, independentemente da modalidade, vão criar microrriscos na pintura do carro pelo atrito das flanelas e esponjas utilizadas depois de certo tempo. O perigo de avarias na pintura existe, mas é pequeno e não diz respeito ao método utilizado".

"A falta de chuvas foi um empurrão para trocarmos o lava-rápido normal pelo sistema de lavagem a seco. Decidimos fazer nossa parte para economizar água", afirma Renato Augusto Haring, gerente de vendas da Square Motors, loja especializada em automóveis importados localizada em Cotia (Grande São Paulo).

Haring afirma que, além da questão ambiental, a troca também gerou outro benefício. "Lavamos, em média, 15 carros semanalmente. O procedimento a seco faz com que a sujeira demore mais para grudar na pintura. Antes tínhamos que lavar o veículo a cada três dias. Agora este intervalo aumentou para uma vez por semana", avalia.

MAIS CARO

O valor cobrado pelo procedimento varia de R$ 35 a R$ 75, dependendo do carro.

Entre os lava-rápidos consultados pela Folha, os preços das lavagens comuns oscilam de R$ 17 a R$ 50, incluindo a aplicação de cera automotiva.

A lavagem a seco também pode ser feita em casa. Nesse caso, os preços dos produtos necessários para o serviço giram em torno de R$ 20.


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